Altamiro Borges: Boa e más notícias no aniversário do genocida
Nas comemorações do seu aniversário de 66 anos, o genocida Jair Bolsonaro – que coloca sua famiglia acima de tudo e de todos – teve um boa e duas péssimas notícias no campo jurídico-policial. A alvissareira é que a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu soltar o “faz tudo” do clã, o ex-policial Fabrício Queiroz.
Por Altamiro Borges*
O miliciano e sua esposa, Márcia Queiroz, estavam em prisão domiciliar há nove meses. Por 4 a 1, a turma do STJ decidiu suavizar a pena do ex-assessor do então deputado Jair Bolsonaro, hoje presidente da República, e do seu filhote 01, o atual senador Flávio Rachadinha. Fabrício Queiroz conhece todos os podres do “capetão”.
As “rachadinhas” do filhote 01
A mesma 5ª Turma do STJ, porém, atormentou o paizão. Por 3 votos a 2, ela decidiu preservar as provas do inquérito que apura as “rachadinhas” do filhote 01, considerando regular o compartilhamento de dados do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo matéria da Folha, a decisão complica a vida da famiglia presidencial. “Após anular a quebra de sigilos bancário e fiscal, o STJ preserva um dos principais conjuntos de provas das apurações sobre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das ‘rachadinhas’”.
O jornal relembra que a investigação foi aberta “após um RIF (Relatório de Inteligência Financeira) do Coaf apontar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Fabrício Queiroz de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Além do volume movimentado, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo. As transações ocorriam em data próxima do pagamento de servidores da Assembleia, onde Flávio exerceu o mandato de deputado por 16 anos (2003-2018) até ser eleito senador”.
A ação lobista do mascote 04
A outra péssima notícia veio da Polícia Federal, que abriu um inquérito para apurar os suspeitos negócios do quarto filho do presidente. A investigação mira uma empresa de Jair Renan, o mascote 04, e a sua ação como “lobista” junto ao governo federal. Quatro filhos enrolados. Já dá para falar em “quadrilhão Bolsonaro”.
Segundo denúncia da revista Veja, Jair Renan deu início a sua vida de empresário agindo para conseguir uma audiência para tratar de interesses comerciais de um de seus patrocinadores em novembro do ano passado. Um mês depois, ele e seu sócio ganharam um carro elétrico do grupo empresarial avaliado em R$ 90 mil.
O Ministério Público Federal abriu um procedimento preliminar para levantar informações sobre o caso, após denúncias de deputados da oposição. Agora, a PF informa que investigará as denúncias. A conferir no que vai dar o inquérito, que serviu para estragar a festança de aniversário do paizão neste domingo (21).
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Altamiro Borges* é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.
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