O blogueiro Allan dos Santos

O blogueiro Allan dos Santos, que está foragido nos Estados Unidos, criou um novo canal no Youtube e publicou um vídeo dizendo que está “lutando pela liberdade”.

Suas contas anteriores no Youtube, Twitter e Instagram foram bloqueadas por conta de publicações mentindo sobre a pandemia e atacando a democracia, mas o bolsonarista continua tentando driblar o bloqueio.

O novo canal, chamado “Terça Livre”, assim como seu antigo site de fake news que foi fechado por defender um golpe e disseminar fake news, foi criado no domingo (8).

Em um dos vídeos publicados, Allan dos Santos diz que está “lutando pela liberdade” e que “não há democracia onde há presos políticos”.

O blogueiro bolsonarista fugiu para os Estados Unidos para não ser preso. Sua prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Polícia Federal.

Segundo a PF, Allan dos Santos usou seus perfis nas redes sociais para “atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização”.

No Twitter, os internautas estão organizando uma campanha para que o novo canal de Allan dos Santos seja bloqueado pelo Youtube.

Allan dos Santos construiu sua “carreira” dando suporte às mentiras de Jair Bolsonaro, e recebeu um forte apoio financeiro em retribuição. Mensagens obtidas pela PF indicam que ele conseguiu patrocínio do empresário bolsonarista Luciano Hang por meio de Eduardo Bolsonaro.

Allan também morou em uma mansão de 600 m², em Brasília, cujo aluguel, de R$ 9 mil, era pago por Eduardo. A residência, que tem dois andares, conta com salão de festa, piscina com mesas de concreto dentro, banheiras, mirante, sauna, hidromassagem e seis quartos.

Com o avanço das investigações sobre a rede bolsonarista de produção e disseminação de fake news, Allan dos Santos pediu a ajuda de Eduardo Bolsonaro para conseguir fugir para os Estados Unidos.

Após o pedido de prisão e extradição da PF contra Allan, o governo Bolsonaro se mobilizou para proteger o blogueiro.

Funcionários do Ministério da Justiça envolvidos no pedido de extradição foram demitidos e delegados da PF foram trocados de cargo. Até hoje o nome de Allan não foi inserido na lista de difusão vermelha da Interpol.