O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, durante a solenidade de posse no Palácio do Planalto

Apesar da movimentação de setores evangélicos para pressionar o Senado, o governo já está considerando que a aprovação do ex-advogado-geral da União André Mendonça para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) está em risco.

A indicação de Mendonça está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde precisa passar por sabatina para só depois ser votada no plenário da Casa.

Incomodado com as recorrentes manifestações do presidente Jair Bolsonaro contrárias ao STF, suas críticas infundadas ao sistema eleitoral e ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM/AP), tem segurado o processo.

As dificuldades para a indicação de Mendonça ficaram evidentes na semana passada, quando o pastor evangélico Silas Malafaia desembarcou em Brasília para pedir a Alcolumbre que marcasse a sabatina do ex-advogado-geral da União, mas sequer foi recebido pelo parlamentar.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente da República, também passou a defender a aprovação do indicado por seu pai, mas não conseguiu marcar a data para a sabatina.

Alcolumbre deu sinais de que o processo não sairá da gaveta antes de 7 de setembro, quando apoiadores de Bolsonaro pretendem protestar contra o STF e também contra membros do Senado.