Os servidores da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) suspenderam a greve nacional da categoria iniciada no início de janeiro, após a empresa se comprometer que não haverá “dispensa de empregados das unidades em processo de desativação”, conforme acordo vitorioso firmado junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Na audiência de mediação no TST, entre entidades representativas dos trabalhadores e a Dataprev, na terça-feira (4), também ficou definido que os dias de paralisação não serão descontados. A greve, que também pressionava pela não privatização da empresa, está suspensa pelo prazo de 30 dias, até o término de todo o processo de negociação.
A autarquia foi incluída na lista de privatizações do governo em janeiro, por meio de decreto presidencial, em meio à crise que explodiu no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), com as denúncias de cerca de 2 milhões de pedidos de benefícios parados.
A Dataprev é responsável pelo processamento dos dados de 35 milhões de benefícios previdenciários, pelo CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), que permite a concessão automática de vários direitos sociais, como aposentadorias ou salário-maternidade, além de gerir o sistema eletrônico que faz a liberação do seguro-desemprego, entre outras atribuições.
Apesar da suspensão das quase 500 demissões que estavam previstas, o fechamento das 20 unidades regionais anunciadas pela empresa continua previsto. Segundo o acordo firmado, os servidores dessas unidades devem ser transferidos para outras áreas da empresa ou cedidos ao INSS.