Em entrevista ao programa Mais Notícias, da Rede Mais (Record TV) nesta quinta-feira (29), a pré-candidata ao Senado (PCdoB-MG), Jô Moraes, afirmou que é preciso garantir eleições livres e democráticas neste ano. “É necessário cuidar da democracia e discutir propostas concretas para o Brasil sair da crise, sem entrar no círculo do ódio que toma conta da sociedade”.

Segundo a parlamentar, o PCdoB tem como objetivo buscar saídas para a crise no Brasil. No âmbito do desenvolvimento de Minas Gerais, ela defendeu projetos regionalizados, levando-se em conta as especificidades das localidades “Tratar do Sul de Minas não é a mesma coisa que tratar do desenvolvimento do Jequitinhonha”, ponderou.

Violência Doméstica

Com o registro de mais de uma centena de casos mensais de violência doméstica, garotas, estudantes de escola estadual de Poços de Caldas resolveram se unir e lançar um grupo de conscientização, o Femhelp, com suporte de site e um aplicativo. O propósito é discutir, denunciar e combater este tipo de violência contra a mulher. Apesar dos índices alarmantes, as garotas notaram que o assunto não era tratado sequer no âmbito escolar, uma realidade que elas conseguiram mudar. O assunto foi tratado na entrevista e Jô se disse emocionada com a iniciativa das meninas.

Ela lembrou que foi presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher do Congresso Nacional, em 2013.  Uma CPMI que durou 18 meses e trouxe à luz essa violência contra as mulheres, explicitando suas várias formas. O colegiado percorreu o país, levantando dados, investigando, propondo e criando um arcabouço legal, jurídico e também institucional, abrangendo os três Poderes da República e incorporando as esferas municipal, estadual e federal.

A despeito da iniciativa pioneira, a violência contra a mulher persiste em índices alarmantes. Para ela, a despeito da luta e da pressão das mulheres, da criação de inúmeros órgãos no Poder Judiciário, como as Varas Especializadas, também da Defensoria e do Ministério Público, a força destas estruturas ainda é limitada por falta de recursos, por escassez de servidores, mas, sobretudo pela morosidade da Justiça.  Para ela, “a punição é essencial, porque como disse a policial na reportagem, a impunidade pode levar à reincidência. Mas a prevenção é a grande fragilidade da sociedade. A iniciativa das meninas faz parte desta prevenção e ajuda as mulheres que não têm acesso às informações, ao atendimento especializado”, ponderou.

Assista a íntegra da entrevista da Jô Moraes: