A série “Como me tornei comunista… filiado (a)” apresenta declarações dos personagens que fazem o Partido Comunista do Brasil, respaldado e coerente com as peculiaridades da sociedade brasileira. Neste artigo, a senadora Vanessa Grazziotin conta um pouco sobre a sua história no PCdoB.

A filha de Waldemar Grazziotin e de Nadir Pellegrini Grazziotin, Vanessa Grazziotin nasceu no Sul do Brasil, em Videira (SC), em 29 de junho de 1961, mas ainda muito jovem mudou-se para o estado do Amazonas.

Em 1979, ingressou no curso de farmacêutica na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e foi ali, com 17 anos, que se deparou com a política brasileira. Nesse mesmo ano, período que o Brasil ainda vivia uma ditadura militar, ela iniciou a militância no movimento estudantil.

No final dos anos 1970, se filiou clandestinamente, ao PCdoB. Posteriormente, Vanessa foi lecionar em uma escola pública de Manaus, que ficou de 1984 a 1988.

Em 1985, o PCdoB conquistou sua legalidade e no ano seguinte, em 1986, Vanessa concorreu pela primeira vez ao Parlamento, como deputada federal, mas não conseguiu ser eleita.

Na eleição seguinte, em 1988, se candidatou a vereadora de Manaus e foi eleita, ficando ali por três mandatos, sendo que no último foi a vereadora mais votada da cidade. Foi deputada federal de 1999 a janeiro de 2011, posteriormente foi eleita senadora e permanece até hoje.

Tem sua trajetória política pautada pela luta da preservação da Amazônia e pelos direitos da mulher.

Líder do PCdoB na Câmara, a senadora também ocupa o cargo de Procuradora da Mulher no Senado.

Vanessa tem uma filha, Rafaela, fruto de seu casamento com o engenheiro, ex-deputado estadual e presidente do PCdoB no Amazonas, Eron Bezerra.

Segue abaixo a mensagem da Senadora Vanessa:

O PCdoB é a unidade que construímos em prol da luta por uma sociedade mais justa, por Vanessa Grazziotin

Me despertei para a luta social quando ingressei na Universidade e logo me tornei comunista, no final dos anos 1970. Via os comunistas debatendo, discutindo e lutando pelos operários do Distrito industrial de Manaus, no Amazonas e pela população em geral. Aí fui vendo que a sede de justiça dos comunistas era também a minha. Entendi a origem da opressão e discriminação.

O que me tronou comunista por fim, foi a força e a determinação na construção de um novo país. Mais do que arroubos e milhões de grupos brigando entre si, vi nos comunistas a construção de uma ação coletiva, fruto de um debate amplo, franco e fraterno. Para mim, o partido comunista não é apenas o coletivo de militantes, é a força e a unidade que construímos todos os dias em prol da luta pela construção de uma sociedade mais justa, socialista. Por isso me tornei comunista.