Tese do 14º Congresso do PCdoB – décimo segundo parágrafo
Em meados de 2007 teve início a grande crise econômico-financeira mundial, com epicentro nos Estados Unidos. Hoje, 10 anos depois, o mundo ainda vive sob o signo desta crise, uma das mais longas e graves da história, equiparável às de 1873 e 1929. Uma grave e prolongada crise estrutural, indissociável de sua natureza de classe e das contradições que lhe são inerentes. Sua singularidade é a dimensão inédita de um fenômeno que constitui uma das características do capitalismo em sua fase imperialista: a hipertrofia do capital financeiro, que expressa sua dominação desde o século 20, tal como assinalado por Lênin. No capitalismo contemporâneo, neoliberal, a riqueza produzida é acumulada predominantemente na especulação e no rentismo. A massa de capitais financeiros segue expandindo e em 2014 somava US$ 232 trilhões, mais de três vezes o PIB mundial.