O documento Política de quadros comunistas para a contemporaneidade, aprovado no 12º Congresso do Partido, em 2009, ressalta os desafios político-ideológicos que o PCdoB tem enfrentado nas duas últimas décadas, e a luta para firmar uma concepção leninista, brasileira e contemporânea de Partido Comunista de quadros e de massas, em luta contra as pressões do “dogmatismo, que leva a uma postura engessada ou defensiva frente às mudanças, dificultando a emancipação do pensamento; o liberalismo, que produz o afrouxamento dos compromissos com o Partido; o corporativismo, que limita os horizontes de formulação de um pensamento político e a aspiração por constituir os trabalhadores como classe que almeja o poder político nacional, restringindo-os à mera luta social; e o pragmatismo, produto da luta política no nível atual, que leva a perder de vista objetivos fundamentais em prol do imediato, à pressão pela autonomização de grupos de interesse no interior do Partido, à perda de referenciais estratégicos na atuação no seio das instituições vigentes, à burocratização”. Tais pressões, se não enfrentadas consciente e corretamente, são “entraves tendentes a rebaixar o sentido estratégico da luta do Partido e do próprio instrumento partido”.