Tese do 14º Congresso do PCdoB – centésimo quadragésimo oitavo
No âmago disso, é indispensável uma nova política macroeconômica, tendo por missão expandir e sustentar investimentos em infraestrutura e inovação, reduzir estruturalmente a taxa real de juros, manter sob controle a trajetória da dívida pública, assegurar a higidez fiscal do Estado e defender a moeda. Essa nova macroeconomia deve ser compreendida como política de Estado para o plano estratégico de desenvolvimento e demanda novos marcos institucionais. O regime fiscal precisa dotar o Estado de condições para exercer políticas anticíclicas quando necessário, bem como fazer face à situação crítica das contas dos estados e municípios – contando também com a reforma tributária progressiva, com taxação sobre grandes fortunas, patrimônio e riqueza. Necessita-se ampla reforma no Banco Central, com um duplo mandato de controle inflacionário e geração de emprego e renda. É preciso estimular a indústria e o agronegócio com a administração da taxa de câmbio e regulamentação da entrada e saída de capitais, bem como acomodar choques de oferta com horizonte maior que o de um ano para cumprimento da meta inflacionária.