Por André Lemos*

A marca é pujante, em 25 de março de 2022, serão 100 anos de história, serão 100 anos de estórias, é um PCdoB histórico, de militância histórica, sendo indiscutível a potência dos seus feitos ao Brasil. Qual partido, mais que o PCdoB, pode expressar a preocupação com a transcendência política modernizadora, a partir do papel revolucionário da juventude, por exemplo.

Se alto reivindicando dialeticamente a atualização da luta de ideias, imbricado com a luta prática e anseios do povo, a todo instante. Ao tempo que valoriza, documenta e registra as memórias de vidas e percursos, entre paixões e razões, enraizado inclusive na paisagem cultural desta grande nação.

Este é o PCdoB, enfrentando entre agruras as situações mais torpes, hoje produzidas na ordem social neoliberal, altamente financeirizada, com seus agentes sociais conectados ao conservadorismo, ao entreguismo e ao reacionarismo. Que não querem um Brasil alicerçado nas suas virtudes em forma de diversidade cultural e de desenvolvimento econômico.

Para tanto, temos base teórica, o épico documento de 90 anos do PCdoB subsidiado pelo marxismo-leninismo nos ensinou que não há modelo único de transição para o socialismo, sendo a transição uma época histórica gerada em etapas, e de características próprias das lutas de classes em cada país. Sendo a tarefa partidária no sentido mais amplo o de “distinguir nova oportunidade histórica e seguir caminho próprio”.

Nesta lente a atual conjuntura internacional demonstra algo que não pode ser ignorado, a vigência da multipolaridade econômica e cultural em ascendência, principalmente com o protagonismo da China comunista no âmbito geopolítico, realizando o conceito de “projetamento” numa relação menos imperiosa e mais solidária com os países periféricos.

Um partido com tais características e desafios não se enquadra no escopo de organização mumificada, delimitado por fatores internos, ao contrário disso deve se enraizar cada vez mais como instrumento de luta frente aos mais cruéis e ardilosos setores opressivos que forjam um campo político e social dos mais minados a nível mundial.

O que torna ainda mais imprescindível a integração Latino-americana, território onde é visível o forte e latente cerco do imperialismo americano. Nossa convicção deve se fazer perseverar incorporada da sabedoria e resiliência dos povos ancestrais, permutando princípios na consciência e nas ações, buscando traduzir o que pode e deve ser uma sociedade madura, a sociedade socialista.

A vitória há de chegar!

 

*Membro de diretório municipal do Rio de Janeiro, e da base dos moradores do centro – distrital centro – do Rio de Janeiro. (Mestrando em Educação).