Uma nova rodada de encontros setoriais da Comissão Nacional de Organização (CNO) do PCdoB, para tratar do processo de conferências no âmbito do 15º Congresso, aconteceu nesta terça-feira (14), por videoconferência.

O encontro contou com a participação de representantes dos estados da região Centro-Oeste do país, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, além da participação do Tocantins, que atualmente faz parte da região Norte.

Membro do Comitê Central e secretário nacional adjunto de Organização, Márcio Cabreira, dirigiu os trabalhos do encontro virtual. Participaram também os secretários nacionais do PCdoB, Fábio Tokarski, (Organização); Ricardo Alemão Abreu (Administração e Finanças); Liége Rocha (Movimentos Sociais). Além de Carlos Augusto Patinhas, coordenador nacional do Departamento de Quadros e os integrantes da secretaria nacional de Comunicação, Inácio Carvalho e Gustavo Alves – coordenador de redes sociais do Partido – e Ingrid Mangabeira, integrante da Comissão Nacional de Organização.

Os presidentes e secretários de Organização do PCdoB nos estados fizeram uso da palavra relatando os desafios e as perspectivas de realização das conferências municipais e estaduais e a como está a mobilização dos quadros e militâncias em seus referidos locais. Bem como os encaminhamentos relativos à normatização congressual.

Distrito Federal (DF)

O primeiro a apresentar o relato foi o presidente do comitê regional do PCdoB- DF, Augusto Madeira. Ele explicou que a sua unidade federativa não tem municípios, mas é dividida em 33 Regiões Administrativas, as chamadas “R.As” e como o DF não tem cidades, o processo das conferências ocorre diferentemente do restante do país, elucidou.

Segundo Madeira, essas regiões são abordadas como grandes centros urbanos e citou o exemplo de Ceilândia – a 26 quilômetros de Brasília – que tem mais de 400 mil habitantes. O dirigente pontuou que estão realizando no DF entre 10 a 12 conferências nas principais R.As e citou algumas delas como Samambaia, Guará, Taguatinga, Plano Piloto, Paranoá, Sobradinho, Gama, Planaltina, Santa Maria, além de Ceilândia. Disse ainda que realizaram cerca de oito plenárias de base e se referiu a algumas delas como a dos comunicadores, servidores públicos, advogados, educação, saúde, entre outros.

O presidente do PCdoB-DF ponderou sobre as dificuldades de mobilização para o processo de conferências, esclarecendo que tomaram a iniciativa de fazer uma pequena mudança nos critérios de participação. Para conseguirmos realizar uma plenária qualitativa e participativa, tomamos a decisão de alterar o critério de participação, explicou. “São militantes e quadros políticos que estamos conseguindo mobilizar”, afirmou.

Ele esclareceu que houve uma reunião da direção local para a tomada dessa decisão. “Fizemos uma reunião do comitê regional e vamos agora no final fazer uma ação ofensiva para aumentar o recadastramento. Alguns setores mais populares, que têm dificuldades com sinal de internet, equipamentos, entre outros, nós tomamos medidas para poder facilitar o processo para esses camaradas”. Madeira completou: “Estamos numa mobilização que acelera”.

Sobre a eleição da direção regional na conferência que se realizará dia 25 de setembro, o dirigente adiantou que começaram a amadurecer o debate de nomes para o novo comitê regional. “Iniciamos a discussão, o diálogo e a ideia é ganhar tempo neste debate, a ideia é de chegar na conferência com nomes mais unificados”.

No mesmo sentido, o secretário de Organização do DF, Roberto Bittencourt sublinhou alguns pontos focais. Segundo ele, as últimas conferências das regiões administrativas e de bases ocorrerão até o dia 18 de setembro, como a conferência de Brasília, que ocorre neste dia. “Definimos tirar uma força tarefa para recadastrar todos os camaradas e também para atualizar a contribuição militante. Podemos operar o mais breve para que a gente consiga cumprir as metas”, ponderou.

Para Bittencourt é importante concentrar forças e a perspectiva é consolidar o partido no DF. “Vamos realizar conferências nas 10 regiões mais importantes e recadastrar 200 camaradas”. Ele contou que falta ainda organizar numa faixa de cinco categorias com status de comitê, apontou ainda que está sendo realizado várias atividades com debate, como o da plataforma emergencial com dirigentes nacionais que ocorrerá no próximo dia 22 com o professor Nilson Araújo, Ana Prestes, Vicente Goulart e Augusto Madeira.

Segundo o secretário, o próximo triênio será um dos mais complexos pós-ditadura e é preciso estarmos preparados. “Nós simplesmente temos que garantir a eleição em 2022”. Roberto levantou ainda a questão da nova direção do PCdoB local e levantou que “é preciso concluir com muita calma, tem que ser bem feita, mais trabalhada”.

Goiás (GO)

Já a presidenta do comitê estadual do PCdoB de Goiás, Isaura Lemos, fez um relato sobre os desafios enfrentados pelo PCdoB no estado. “Vimos a necessidade de termos uma meta de 25 conferências municipais e focar nas bases da capital, mas estamos enfrentando muitas dificuldades”, esboçou.

Isaura contou que a mobilização dentro desse período de pandemia e para um Partido que já vinha de dificuldades, como nas eleições passadas, não foi possível alcançar a meta ainda. “O que nos dá força é que temos uma direção muito unida, que manteve dentro dessas dificuldades a unidade, abrimos o processo de discussão de avaliação da nova direção, isso está mantendo o partido focado em superar e resistir. Diante destas dificuldades, o que o nos alegra é a nossa presença em todas as lutas e temos conseguindo ampliar, atuar nas bases”.

Segundo a presidenta do PCdoB-GO, é preciso redobrar esforços no sentido de participação de mais e mais pessoas nas manifestações sociais. “Começamos a fazer um chamamento para os camaradas virem participar efetivamente dessas lutas”, contou.

Para Isaura, neste processo de conferencias é preciso constituir regionais para aglutinar as regiões (…) temos um planejamento que prioriza a região metropolitana de Goiânia e entorno de Brasília, onde nós temos o partido um pouco mais organizado e também o adensamento da população. Estamos reunindo a comissão política mais amiúde”. Segundo ela, a conferência estadual estava marcada para o dia 2 de outubro, mas pela convocação da manifestação nacional Fora, Bolsonaro, será revista a data. A conferência de Goiânia ocorrerá dia 25 de setembro, contou a dirigente.

O secretário estadual de Organização de Goiás, Honório Rocha respondeu o roteiro apresentado pela CNO. “Naquele roteiro que a convocação propôs conseguimos fazer reuniões na região metropolitana e em torno de Brasília”. Segundo ele, está marcada plenária da Educação na próxima sexta-feira (17), com a professora Madalena Guasco e debate sobre a emancipação das mulheres, com a secretária nacional da Mulher e ex-senadora, Vanessa Grazziotin. “E temos participado e mobilizado a militância a participar das ações do nacional na internet. Honório contou que “a vida institucional do Partido em Goiás está atrasada, mas enquanto não soluciona o problema da legislação eleitoral, vamos atrasando o debate sobre candidaturas para 2022”, ponderou.

O secretário contou que já reuniu as organizações de base da capital, como os docentes, técnicos administrativos e professores das universidades, e estão realizando reuniões em bairros populares, levando o trabalho da “mulher mais saúde” nos setores mais distantes. Segundo ele, o trabalho de organização tem sido de reaproximar de lideranças populares importantes que estão sendo (re)contactadas. Tudo na perspectiva de recuperar quadros que em razão da pandemia estavam afastados, disse Honório.

Sobre a nova direção regional, Honório explicou que um estadual com 108 membros ficou inviável e que a ideia é reduzir esse número para perto de 63 integrantes, para assim, segundo ele, ter uma direção mais robusta e com o critério do perfil ideológico mais próximo com o PCdoB e com a luta que estamos inseridos hoje.

Honório Rocha contou ainda das dificuldades encontradas no quesito PCdoB Digital que vão desde o recadastramento, a contribuição militante no Sincom e a familiaridade tecnológicas para a realização das conferências. Segundo ele, ainda estão num estágio aquém do esperado.

“Mas temos até o dia 2 ou 3 de outubro para realizar a nossa conferência estadual para ver se a gente avança nestes aspectos”, ponderou.

Mato Grosso do Sul (MS)

O secretário estadual de Organização do Mato Grosso do Sul, Mário Fonseca relatou sobre a fase de dificuldades políticas que o Partido se encontra e que isso também tem efeito no processo organizativo. Segundo ele, o partido no estado “precisa dar um novo salto de compreensão da realidade e nós estamos numa fase promissora, nós tivemos um processo de conferências desde a direção passada com muitos problemas, mas é uma página virada, as mudanças e todo debate que aconteceu. Foi recompostos um núcleo com camaradas com muita unidade na compreensão, dar mais vida orgânica ao partido”.

Mário contou ainda que o partido e representantes de movimentos sociais em que o partido atual está participando com muito afinco das manifestações de rua. “Estamos presente nas jornadas das ruas, fazendo muito política, tanto no estado quanto na capital estamos representando o partido na grandeza”.

Sobre a eleição da direção estadual, Mário explicou que estão optando pela manutenção da presidência. “Temos nos desdobrado com boas ações, a UJS com um celeiro de quadros,  mas vem se encorpando com gente valorosa, as mulheres que algum tempo tem se expressado, além dos números das nossas normas internas. Estamos na luta”.

A secretária adjunta de Organização do PCdoB-MS, Mercedes Alencar fez um informe mais detalhado sobre a organização das conferências, “já pontuando que está bastante difícil mobilizar”.

Mercedes relatou que teve uma meta inicial de realização de conferências a partir de nove municípios onde temos o partido organizado e estabelecemos uma meta de três pessoas para um delegado/a com meta de reunir 100 pessoas, destas, já aconteceram cinco. Exemplificou a conferência no município de Três Lagoas que tem uma base proletária e de movimento de luta por moradia, falou de Nova Andradina e das visitas que a direção tem feito de casa em casa dos filiados na tentativa de se reunir. Sobre os Organismo de base da capital, Mercedes contou que estão “pegando em casa” levando para a reunião. Mas está bastante difícil a mobilização, disse. Mas ponderou que mesmo com essas dificuldades conseguiram fazer o debate sobre o projeto de resolução na capital e em alguns municípios do estado. Segundo ela, esses encontros “teve bastante gente e foi muito bom”.

Em relação a meta de delegados do estado para a conferência pretendemos tirar 40. Para ela, a questão da nominata da direção está bem encaminhada, será realizada a recondução da presidência e terão alternância dentro do secretariado. É preciso resolver a questão da participação da juventude e da comunicação na esfera de direção da capital e dos municípios, contou.

Sobre o recadastramento, a dirigente apresentou que farão uma concentração maior nos próximos dias, uma campanha em todo o estado para que realizem o recadastramento digital.

A secretária nacional de Movimentos Sociais do PCdoB, Liége Rocha – que acompanha o estado pelo comitê central – pediu para dar um testemunho na reunião. Segundo Liége, ela tem presenciado um avanço no ponto de vista de direção no Mato Grosso do Sul. “Apesar das dificuldades, conseguimos ter alguns avanços, com debates e também com discussões, fortalecendo a unidade, construindo este processo de congresso. Foram realizados alguns debates importantes sobre o projeto de resolução, a plataforma emergencial. Por isso, disse ela, “quero elogiar o trabalho que a presidenta estadual do PCdoB- MS Iara Cuellar está fazendo um belo trabalho na mobilização dos seus militantes”.

Segundo Liége, a presidência estadual está fazendo um ótimo trabalho de mobilização, “pegando na mão para mobilizar e visitando o interior para tentar superar as dificuldades locais”.

Tocantins (TO)

Pelo estado falou o responsável pela secretaria de Organização do PCdoB-TO, Emival Dalat. Ele contou que teve início ao debate sobre o balanço da direção e que devido o contexto de dificuldades do período, tiveram que dar prioridade na realização de conferências em comitês municipais que estão ativos.

Segundo ele, estão realizando conferencias em seis comitês que tem prestações de contas em dia, mas que as bases continuam mobilizadas. Dalat citou algumas destas cidades que estão aptas a realizar conferências como a capital Palmas e as cidades de Aparecida do Rio Negro, Iracema, Porto Nacional, além da conferência estadual.

Segundo o secretário, na capital, o presidente estadual, Ivory de Lira [deputado estadual] quer que a conferência em Palmas aconteça presencialmente, e, por isso, estão estudando junto à prefeitura a possibilidade de participação de até 200 delegados e delegadas, mas é preciso um decreto de autorização da administração da cidade, se não for autorizado, contou ele, podemos realizar a reunião com os municípios acompanhando remotamente e pelo menos com a direção presente.

Sobre o debate da composição da direção estadual e da capital, Dalat contou que a intenção é pela recondução da presidência estadual, mas que na capital a presidenta, professora universitária, Germana Pires, já havia avisado que está difícil de conciliar a direção com o doutorado. “A ideia é fazermos uma reunião para debater esse tema, com uma nominata, uma direção bem enxuta”.

E completou a informação dizendo que neste “momento político não estamos conseguindo fazer boas mobilizações, mas no básico estamos conduzindo (…). Com condições de ampliar e crescer”.

Secretário de Organização da capital tocantinense, professor Abraão Lima, contou que a direção conseguiu se reunir no dia anterior e que foi muito importante, pois desde março, não se fazia uma reunião com a direção completa. Para ele, é preciso fazer esse tipo de relato para entender que é preciso fazer o debate com os dirigentes e seus reais interesse para que possam entender e contribuir com os desafios que o PCdoB e o Brasil têm pela frente.

“Estar à altura dos desafios”

O secretário nacional de Administração e Finanças, Ricardo Alemão Abreu ressaltou na reunião o momento de reta final de mobilização congressual e que é preciso colocar todas as fichas para buscar reconectar com os filiados neste período. “Estamos no auge do processo do congresso, de conferencias de base, nos municípios e nos estados. Esse mês de setembro e começo de outubro, temos que ter um pouco mais de ânimo, compreendendo a situação de pandemia, do ataque do neofascismo que está no comando do país, mas temos que nos imaginar maior, de estar à altura das lutas e desafios que temos pela frente”, ponderou Alemão.

Para o dirigente, a tática do PCdoB nas manifestações tem sido de colocar em primeiro plano a tentativa de derrotar o bolsonarimo e, portanto, é preciso fazer esse debate. “É neste clima que a gente deveria mobilizar os quadros, é neste contexto que o Brasil está inserido, entendendo que a esquerda em geral sofre certa dificuldade. Mas para isso, é preciso perseguir mais as nossas metas, de mobilização e de recadastramento, dar tudo de si nesta reta final de congresso, completou.

“Estamos nos últimos 20 dias de conferências e é preciso se concentrar mais nesse objetivo”, sugeriu Alemão: “buscar mais gente que não participou e recadastrar, dar todo o gás possível para chegar nas metas que a gente estabeleceu, ter planos mais ofensivos, ter um desempenho eleitoral mais arrojado. Temos que encarar essa reta final com mais confiança. Estar mais disposto”.

Para o dirigente nacional, as dificuldades técnicas podem ser resolvidas com encontros ou reuniões com esse objetivo central. E dessa forma, recomendou, “fazer encontros com o intuito de orientar e ajudar as pessoas a se cadastrar digitalmente, pode ser na praça da cidade, no bairro, orientar in loco esse recadastramento, estimular essa participação no processo congressual. Segundo o dirigente, “medidas como estas podem intensificar o trabalho de organização e não recuar, aconselhou.

Significado das conferências de 2021

Membro da CNO e coordenador nacional do Departamento de Quadro do PCdoB, Augusto Patinhas destacou que de um modo geral ouviu dos responsáveis estaduais as dificuldades e que a conclusão é que vão realizar um número menor de conferências e mobilizar menos participantes.

Para Patinhas, essa conclusão é fruto do contexto que estamos vivendo, de pandemia, mas também de comando político do país, disse, citando as últimas conferências como a de 2017, do 14º Congresso e também as conferências de 2019, véspera das eleições municipais de 2020. “Isso daí é uma questão fruto do processo, de resistência. O contexto que vivemos hoje é muito diferente do que vivemos em 2017, 2019”, disse.

Para ele, “mais importante do que números, é o seu significado”. Segundo o dirigente, o objetivo das conferências de hoje é da consolidação dos quadros que vão sustentar o próximo período de maior ainda dificuldade que se pode enfrentar.

“Temos que entender o objetivo dessas conferências, consolidarmos quadros para as direções, que sustentem esse período de dificuldade, pois temos dois grandes desafios que é vencer Bolsonaro e essa corrente bolsonarista, além de vencermos essa legislação eleitoral. Isso gera uma certa insegurança e dificuldade”, compreende Patinhas.

O coordenador de Quadros disse que tem uma visão que em termos políticos, o processo congressual está sendo muito rico. “Há um debate maior, programático, em torno do projeto de resolução e da plataforma de reconstrução nacional do país” e citou a participação dos quadros por lives, dos debates pela internet. “Eu vejo um grau de unidade aos documentos apresentados, estamos atravessamos esse período de dificuldade, num ambiente de estabilidade. A questão da frente ampla não é muito simples, mas vamos ter encontros para debater o assunto. É um processo em desenvolvimento”, ponderou.

“Quadros para dirigir as bases do partido, pois é ali que está a base concreta, a vida real, o povo e isso não prejudica a organização das entidades, pelo contrário, fortalece”, completou.

Revitalização

Sobre o processo de revitalização partidária, Patinhas frisou que é uma necessidade concreta diante das exigências atuais, mas que defende que a revitalização nas instâncias partidárias seja um processo permanente.

“No sentido de buscar resolver as questões centrais que estão sendo colocadas”, disse Patinhas, citando a questão de linha de massa renovada, com maior ligação do partido com o povo, através dos movimentos sociais e através da base e a base com ligação com o povo”.

“Compreendendo que o processo de revitalização vai ser comandado pela direção eleita. Eles que vão comandar esse processo, fazer planejamento para os próximos três anos. Cada estado tem uma história e essas direções vão conduzir essa revitalização”.

Patinhas sugeriu que os organismos de base estejam fincados quadros de jovens, de trabalhadores e de mulheres. “Temos que entrar nessas áreas que tem potencial revolucionário e deslocar quadros para dirigir essas bases”. São categorias estratégicas para organizar a pauta dos trabalhadores, da juventude, das mulheres”.

Outra questão importante, referiu Patinhas, é a organização dos meios de comunicação que podem ser ocupados pela juventude. Para ele, é preciso dar um salto de qualidade na nossa comunicação, entender as plataformas novas, os instrumentos para se comunicar. Ele comentou ainda a necessidade de ter quadros responsáveis pela pasta de movimentos sociais.

“Além da gente reforçar esse processo de trazer os quadros valorosos, precisamos permanentemente de renovação, entrando quadros novos com convivência com quadros antigos, alternância de funções, com maior grau de unidade e mais capacidade operativa”, explicou o dirigente.

Segundo Patinhas, não existe momento fácil para o PCdoB, mas “acho que temos atravessado bem. A bancada do PCdoB no Congresso, a presidência da Luciana, está nos dando muito animo, força”. Patinhas finalizou sua fala com otimismo: “vai vir uma nova aurora. Vamos ter um salto positivo, dentro de alguns anos, o PCdoB vai voltar a ter um papel maior na cena política”, encerrou.

Situação nova

Nos encaminhamentos finais da reunião, Fábio Tokarski, secretário nacional de Organização do PCdoB esclareceu que está ocorrendo uma rodada de conversação com todos os estados. “Tratando do congresso nesta quadra”. E que observa que “o contexto é de profundas mudanças na sociedade, no mundo do trabalho, transformação subjetiva forte de cada um por si”.

Para o dirigente, essas mudanças impactam de diferentes formas a vida e as perspectivas das pessoas. E esse “novo normal” do ponto de vista dessas mudanças que se encontra um país governado pela extrema direita e é este contexto que o PCdoB tem que enfrentar, neste contexto que o partido está inserido em cada estado, ilustrou.

“Para sair dessa situação é preciso enfrentar e o Partido tem uma política acertada que é  política de frente ampla”, disse Fábio. Se o PCdoB é aquele que luta para sair dessa situação de agressividade, afirmando a política de frente ampla, por outro lado, isso vai passar um dia, e o partido tem uma plataforma, apresenta uma saída importante para o país, que é a plataforma programática emergencial de reconstrução nacional. Por isso, é importante que se faça o debate sobre a plataforma, pois o PCdoB apresenta saídas, coisa que outros partidos não oferecem”.

“O congresso se dá neste contexto, muitos estados apontam que não estão em estágio de expansão, mas estão aproveitando esse momento para um contato direto com sua militância, com seus quadros, se organizando e realizando debates. (…) É tempo ainda de incentivar o debate, promover o debate e o estudo do projeto de resolução e a plataforma emergencial. É nesta quadra que temos e que vejo que temos que enfrentar essa situação”, ressaltou o dirigente.

Fábio Tokarski explicou que há duas questões centrais no PCdoB hoje, “enfrentar a extrema-direita e garantir condições plenas de vivencia constitucional”. “Coesionar o partido para enfrentar as adversidades, mas vamos seguir existindo”, completou o dirigente.

Recadastramento

Sobre as dificuldades do recadastramento digital, o dirigente explicou que onde não for possível fazer atualização que faça uma ata, sintética, e que a mesma seja registrada. Mas explicou que a atualização dos dados dos filiados e filiadas também é uma questão estratégica organizativa. É preciso aproveitar essas novas ferramentas que ajudam o partido. A norma explicita isso, lembrou Fábio. “Ter a base da militância cadastrada é estratégico para o partido, vai falar com mais pessoas. O cadastramento ajuda neste processo”.

Novas direções

O secretário de Organização tratou também a necessidade de arejar as direções partidárias. “Renovar, dar novos papeis para os quadros, a alternância, renovação em todos os estados”, é importante, porque onde não tem base funcionando não tem democracia no partido”.

Fábio explicou que a questão das bases é fundamental para que o partido funcione realmente. É um ciclo que tem que ocorrer. “É importante acertar na política, mas também tem que comunicar, impulsionar para fora e para dentro. Além disso, é indispensável enfrentar as mudanças sobre a atualização da linha de massas, há um fenômeno em curso, é preciso acertar, com um partido estruturado, estudar, contribuir, reunir. Tem que tratar dessas quatro questões, incluindo a estruturação orgânica real”, finalizou o dirigente.

Clique abaixo para acessar os documentos:

PROJETO DE RESOLUÇÃO

PLATAFORMA EMERGENCIAL

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Do Portal PCdoB, Eliz Brandão