A crise e as ameaças à paz mundial e aos direitos dos povos estão diretamente ligadas ao crescente poder político e econômico do capital financeiro internacional e das grandes corporações transnacionais, tudo sob controle das grandes potências imperialistas.

Por Antonio Barreto*

A crise aprofunda a polarização social e as desigualdades na redistribuição da riqueza.

Nessa linha de frente o decadente, mas poderoso imperialismo estadunidense, que tem como objetivo  desmantelar países soberanos no Médio Oriente, confrontar a China e promover uma guerra não-convencional contra a Rússia.

Na América Latina e no Caribe, uma forte contraofensiva imperialista, em conluio com as oligarquias locais, para depor governos progressistas e de esquerda, como uma ponte para controlar os mercados e saquear nossas matérias-primas. Um novo ciclo de desenvolvimento econômico, de progresso social, de integração solidária e de soberania nacional, começou a ruir e se não revertermos a situação no Brasil, podemos voltar ao passado de quintal dos Estados Unidos.

Neste cenário,  devemos estar na  vanguarda da luta na defesa da Revolução Bolivariana da Venezuela  e da heroica Revolução Cubana que continua enfrentando o criminoso bloqueio econômico, financeiro e comercial, que foi declarado obsoleto pelo próprio Governo dos EUA, no final do mandato de do presidente Barak Obama, bloqueio que já foi  condenado 23 vezes pela  Assembleia Geral da ONU, na última, por unanimidade e a luta pela recuperação do território de Guantánamo ocupado ilegalmente pelos Estados Unidos, faz 115 anos.

É urgente, pois,  defender princípios como o direito dos povos à autodeterminação, a soberania nacional e a independência, a não ingerência nos assuntos internos dos Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais, o fim de todas as formas de opressão nacional, o desarmamento, a dissolução dos blocos político-militares; pela cooperação entre os povos e os países por uma nova ordem mundial de paz, emancipação e para o progresso da humanidade. Precisamos, pois,  recordar as lições das lutas históricas dos povos e unir todas as forças consequentes e amplas pela paz e o progresso numa forte mobilização cuja força, amplitude e convicção podem impedir que ocorram novas tragédias.

No nosso país, o PCdoB, é hoje praticamente o único partido que tem uma atuação internacionalista destacada e nossa política é levada as massas através de uma articulação com a militância do Movimento Sindical e social pelo Cebrapaz.

Fundado há 13 anos,  o Cebrapaz é uma entidade apartidária, aberta à participação de todas as pessoas e entidades organizadas da sociedade que lutam pela paz no mundo e desenvolve atividades de solidariedade aos povos ameaçados e agredidos pelo imperialismo. Faz parte do Comitê executivo do Conselho Mundial da Paz, que tem a sua presidente,  a camarada Socorro Gomes, exercendo o 3º. Mandato consecutivo.

É uma entidade que do ponto de vista da sua organização, tem característica peculiares, no que diz respeito à sua sustentação financeira para levar adiante as demandas que surgem a todo momento. Seus dirigentes e todos os que militam no internacionalismo, são abnegados companheiros e companheiras que dedicam boa parte da sua militância a essa luta.

Sua pequena e insuficiente receita é oriunda da contribuição voluntária dos seus dirigentes, conselheiros e militantes e uma pequena, mas significativa ajuda de algumas entidades do movimento social, reduzida a quase zero nesse momento de crise por que passa nosso país.

Essa luta não pode parar nem refluir, por isso, propomos:

  1. É preciso que essa questão seja vista com lupa pelos nossos dirigentes nacionais e nos estados, para que possamos convencer as grandes entidades que têm também em seus estatutos o compromisso com essas bandeiras, a manter uma parceria permanente com o Cebrapaz, para a luta e ajuda financeira.
  2. Os comitês estaduais, a exemplo do que já possui o CE da Bahia, deve eleger um responsável pela Frente Internacionalista, para coordenar a luta revolucionária pela Paz Mundial e a solidariedade aos povos ameaçados e agredidos pelo imperialismo, em parceria com o movimento sindical, social e Partidos Políticos de todas as correntes anti-imperialistas.

*Presidente do Cebrapaz