Os brasileiros devem pagar mais barato para comprar carne, diz Edegar Pretto, presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Tudo porque o País pode registrar, em 2023, a maior produção da série histórica, com 29,6 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de aves.

“Mais produto no mercado significa menor preço para os consumidores”, declarou Pretto nesta sexta-feira (28) no programa A Voz do Brasil. “Para aqueles que gostam de consumir carne, possivelmente vai ter um aumento da proteína animal na mesa do povo brasileiro, especialmente o churrasco, que não é só uma comida para o nosso povo, faz parte da nossa cultura.”

A produção de suínos alcançará o recorde de 5,32 milhões de toneladas em 2023 – um crescimento de 2,7% em relação ao ano passado. Para a carne bovina, a previsão é de 9 milhões de toneladas (alta de 4,5%). No caso das aves, a produção deve ser de 15,21 milhões de toneladas (aumento de 2,9%).

Além do mercado interno, a procura internacional pela carne brasileira crescerá. Os registros de gripe aviária na Europa, no Japão e nos Estados Unidos afetarão a produção nessas regiões. As exportações de carnes podem ultrapassar a marca de 9 milhões de toneladas e ser a maior da série histórica. A Conab estima altas de 10,1% na exportação de suínos e de 10,2% na de aves, além de uma redução de 3,3% na de bovinos.