Vândalo que destruiu o relógio | Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início, nesta sexta-feira (23), ao julgamento do oitavo lote de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os terroristas investigados por envolvimento nos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.

O Supremo vai deliberar sobre a possibilidade de imputar à condição de réus a outros 45 denunciados pela PGR.

Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes manifestou voto para receber as denúncias.

Essa é a oitava sequência de denúncias apresentadas pela PGR. Pelo histórico das 7 anteriores, o placar da votação deve ficar em 8 a 2. Isto é, os ministros Nunes Marques e André Mendonça, indicados ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), devem votar pelo não acolhimento, pelo Supremo, das denúncias da PGR.

Os processos estão sendo julgados no plenário virtual, em que os ministros registram os votos por meio do sistema eletrônico do tribunal.

Dentre os denunciados, estão: Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi flagrado arrebentando no chão o relógio raro de Dom João VI durante os atos golpistas ocorridos no Palácio do Planalto; Marcelo Fernandes Lima, acusado de ter furtado a réplica da Constituição; William Lima, que foi flagrado utilizando a toga de ministro do STF; e Alexandre Bento Hilgenberg, policial legislativo envolvido no caso.

No voto, o ministro Moraes ressaltou que eles desempenhavam papéis como integrantes do núcleo executor dos atos golpistas. Eles permanecem presos.

Até o momento, a Corte Suprema instaurou processos criminais contra 1.245 golpistas suspeitos de desempenharem os papéis de executores, instigadores ou autores intelectuais dos eventos em que ocorreu a invasão e destruição das sedes dos Três Poderes.

O relator, Alexandre de Moraes, expressa a expectativa de que os julgamentos dos casos mais graves sejam concluídos até o término deste ano. “Pelo menos, aproximadamente os 250, que são os crimes mais graves, que estão presos, esses em 6 meses, o Supremo vai encerrar”, disse.

Fonte: Página 8