Foto: Reprodução

O 16º Congresso Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) começou nesta quinta-feira (16), em Brasília, reunindo 26 delegações estrangeiras de partidos comunistas, movimentos de libertação e organizações progressistas.

O encontro ocorre em um momento de intensificação das lutas contra o imperialismo e pela paz mundial. Entre as presenças confirmadas estão representantes de China, Vietnã, Cuba, Rússia e Palestina, além de partidos e movimentos da América Latina, África, Europa e Ásia. 

As delegações começaram a chegar ao Brasil no início da semana, com missões oficiais de países como Angola, Moçambique, Venezuela, Chile, Uruguai, Argentina, Índia, Grécia, Portugal e França, reafirmando o prestígio político do PCdoB e seus laços de solidariedade internacional.

A Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB, dirigida por Ana Prestes, conduziu o processo de mobilização das delegações e destacou o caráter profundamente internacionalista do Congresso. 

Segundo ela, o evento renova a vocação histórica do Partido de atuar em diálogo permanente com o movimento comunista mundial e com as causas dos povos em luta.

“O PCdoB tem uma larga e longa tradição de internacionalismo e de solidariedade internacional, e o Congresso Nacional do PCdoB sempre é uma expressão disso. Dessa vez não é diferente: será um 16º Congresso muito internacionalizado, com pautas em destaque como a solidariedade ao povo palestino pelo fim do genocídio, a solidariedade ao povo cubano e o fim do bloqueio a Cuba, além de uma aproximação bastante forte com o Partido Comunista da China”, afirmou Ana Prestes.

As presenças da China, Cuba e Vietnã reforçam a aliança histórica do PCdoB com os países socialistas e com as forças que constroem alternativas ao neoliberalismo.

Leia mais: Lula participa da abertura do 16º Congresso do PCdoB nesta quinta (16)

Já a participação da Frente Popular pela Libertação da Palestina e da Frente Polisário, do Saara Ocidental, expressa o compromisso do Partido com a autodeterminação dos povos e a luta contra o colonialismo e o apartheid.

Também estão confirmadas representações de partidos comunistas europeus, como o Partido Comunista Francês, o Partido Comunista Português, o Partido Comunista da Grécia, o Partido Comunista Alemão e o Partido do Trabalho da Bélgica. 

Essas delegações participam de painéis sobre conjuntura mundial, integração econômica e desafios da esquerda no século XXI.

O documento político que orienta o 16º Congresso — o Projeto de Resolução Política — define o internacionalismo como um valor estratégico do PCdoB, ligado à defesa de um mundo multipolar, à solidariedade entre as nações e à luta contra o neofascismo. 

O texto também denuncia o cerco dos Estados Unidos à Venezuela e à Palestina, reafirmando o papel do Brasil como força progressista no Sul Global.

Além da presença das delegações, o Congresso promoverá atos especiais de solidariedade à Palestina e a Cuba, debates sobre o papel do BRICS e painéis dedicados à cooperação internacional entre partidos comunistas. 

A presença de lideranças estrangeiras em Brasília simboliza a força política e o reconhecimento internacional conquistado pelo PCdoB ao longo de sua história.

Com 103 anos de existência, o PCdoB mantém-se como uma das principais forças da esquerda latino-americana e como elo permanente entre as lutas populares no Brasil e no mundo. O 16º Congresso reafirma essa trajetória e projeta um novo ciclo de atuação internacional do Partido, em defesa da soberania, da paz e do socialismo.