Daniel Chapo foi declarado vitorioso em outubro pela Autoridade Eleitoral do país | Foto: Divulgação

O presidente eleito de Moçambique, Daniel Chapo, denunciou a onda de violência que tomou o país depois das eleições e pediu pela união do povo moçambicano.

Desde a segunda-feira (23), quando a Corte Constitucional de Moçambique confirmou a vitória do candidato da Frelimo, o país foi atingido por uma onda de violência contra o resultado das eleições e deixou uma centena de mortos, feridos e várias propriedades públicas e privadas destruídas. Em outubro, a Comissão Eleitoral de Moçambique já anunciara a vitória de Chapo com 71% dos votos.

A violência denunciada pelo presidente eleito Daniel Chapo é encabeçada pelo candidato derrotado Venâncio Mondlane, que obteve 24% dos votos e é conhecido pelos elogios que faz ao ex-presidente fascista Jair Bolsonaro, a quem chamou de “homem de Deus” e “esperança do Brasil”, e por seu agachamento ao recém-reeleito Trump, a quem reverencia como o “protetor dos valores morais dos EUA”.

As cidades mais afetadas foram a capital Maputo, Matola, cidade vizinha da capital, Beira e o norte de Nampula. “Estes atos apenas contribuem para o declínio do país e para o aumento do número de moçambicanos que caminham para o desemprego e a miséria”, declarou o presidente eleito.

Daniel Chapo anunciou que quando assumir em janeiro será um presidente para todos, independente de afiliações políticas e que “faria tudo para renovar Moçambique juntos.” Chapo foi eleito pelo partido ‘Frente de Libertação de Moçambique’ (Frelimo), no poder desde 1975 quando liderou a luta vitoriosa contra o domínio colonial de Portugal e pela conquista da independência nacional.

“Em breve trabalharemos juntos para encontrar soluções para os problemas gerados por esta triste situação,” disse Chapo. Ele também agradeceu os cidadãos que estão removendo as barricadas nas estradas postos por oposicionistas descontentes, ele também agradeceu às forças de defesa e de segurança que estão trabalhando para minimizar a violência.

Fonte: Papiro