Porta-voz do Ministério do Exterior da Rússia, Maria Zakharova | Foto: AFP

Porta-voz russa denunciou que regime de Zelensky continua utilizando sistematicamente material concentrado de cloro, amoníaco, nitrato de amônio e ácido sulfúrico na sua guerra contra tropas e civis.

“As forças armadas ucranianas continuam utilizando, sistematicamente, produtos químicos tóxicos – cloro, amoníaco, nitrato de amônio, ácido sulfúrico – incluindo as listas 2 (Bi-Zet) e 3 (cloropicrina) condenados na Convenção sobre Armas Químicas” na sua guerra contra Moscou, afirmou a porta-voz do Ministério dos Assuntos Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Zakharova denuncia que as tropas de Zelensky têm como alvo não apenas as tropas russas, mas também a população em geral. Prova disso, assinalou, é que forças policiais denominadas de “agentes anti-distúrbios” ucranianos têm “entrado em confronto com civis e funcionários da administração civil” fazendo uso deste tipo de armamento ilegal.

De acordo com a porta-voz russa, a razão de Kiev continuar fazendo uso destas substâncias proibidas para combater aos soldados e a população se deve “à convivência e ao patrocínio indiscriminado do Ocidente”, que dá todo aval às suas atrocidades. “Advertimos a Washington e aos seus satélites que ‘não brinquem com fogo’ para não destruir definitivamente o regime da Convenção sobre armas químicas estabelecido desde 1997”, enfatizou.

Zakharova alertou que o caminho trilhado pelos Estados Unidos não frutificará e lembrou que os “especialistas russos registaram violações por parte da Ucrânia das disposições dos artigos da Convenção sobre Armas Químicas, da Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 e da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971”.

“As formações armadas do regime de Kiev” também representam uma grave ameaça ao meio ambiental, garantiu, pois vem acumulando perigosos resíduos de forma deliberada. Como se não bastassem estas agressões, ressaltou, os ucranianos “atualmente estão preparando e executando um conjunto de medidas destinadas a falsificar a base de provas, com o fim de continuar a projetar sobre a Rússia a violação das disposições da Convenção sobre Armas Químicas na condução das hostilidades”.

As autoridades russas apuraram que de julho a setembro “os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) forneceram à Ucrânia mais de 70 modernas unidades de dispositivos técnicos para detecção e fixação de substâncias tóxicas”.

“Pelo que entendemos, os materiais supostamente fabricados perto da linha de contato de combate, semelhante à Síria, serão entregues a especialistas internacionais que chegaram rapidamente à Ucrânia para compilar o chamado relatório pseudo-independente sobre o fato do implausível uso de armas químicas por parte de Moscou”, advertiu a porta-voz russa.

Na sua avaliação, “o objetivo desta ação é claro”. “Não existe nenhuma regra de direito internacional que impeça os países da Otan no seu desejo de alcançar a declarada ‘derrota estratégica’ da Rússia”, esclareceu Zakharova, especialmente quando falamos sobre o formato das provocações químicas “sob um objetivo falso, bandeira que vem sendo desenvolvida há anos na Síria com o dos White Helmets (Capacetes Brancos financiados pelo governo inglês durante o ataque de terroristas à nação árabe)”.

A jornalista e fotógrafa inglesa Vanessa Beeley desmistificou a farsa mundialmente propagada pelos Estados Unidos dos Capacetes Brancos. Com o filme “Os últimos homens em Alepo”, premiado com o Oscar de melhor documentário, a jornalista pôs abaixo a “organização” que se propalava neutra, mas não passava de fachada para receber financiamento dos serviços secretos dos EUA e Inglaterra. Na verdade, um mero balcão de negócios montado para corroborar as versões de guerra química assacadas contra o Exército sírio, pretexto central para justificar a intervenção norte-americana quando os bandos terroristas financiados pela CIA desmoronavam rumo à derrota.

“Os manequins dos terroristas denominados de Capacetes Bancos recebem um resgate excepcional por parte de Israel ao sul da Síria, atendendo a solicitação urgente da Otan. É como se a história se repetisse nesta nova versão da operação Paperclip (a que resgatou criminosos de guerra nazistas para acelerar programas militares nos EUA). O papel principal dos Capacetes Brancos, agora resgatados, foi o de corroborar alegadas estórias de ataques com armas químicas sobre civis sírios por parte do Exército da Síria, para justificar a intervenção da coalizão militar montada pelos Estados Unidos, tanto direta, como por procuração (através do apoio a bandos terroristas na Síria) contra uma nação soberana”, finalizou Beeley.

Fonte: Papiro