Presidente de Cuba condena “ataque ao Líbano por Estado terrorista de Israel”
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, condenou os ataques perpetrados por Israel contra edifícios no sul de Beirute, capital do Líbano, onde centenas de pessoas perderam a vida, e questionou a atitude omissa da comunidade internacional em relação a esses crimes.
“Quanto mais morte à sua volta deverá semear Israel, um Estado terrorista, patrocinado pelos Estados Unidos, para que a comunidade internacional sancione e detenha os seus crimes? O silêncio é cumplicidade. Para que servem as Nações Unidas?”, questionou o presidente cubano, neste domingo, 22 de setembro, em texto divulgado nas redes sociais.
Nos dias 17 e 18 de setembro, foram provocadas explosões de dispositivos eletrônicos, incluindo bipes e walkie-talkies, em diferentes partes do Líbano, provocando 37 vítimas mortais e quase 3.000 feridos, segundo os dados da autoridade de defesa civil do país árabe.
Além disso, na sexta-feira, 20, o exército israelense realizou um ataque aéreo contra um edifício residencial em Beirute, onde dois comandantes da organização libanesa Hezbollah – Ibrahim Aqil e Ahmed Wahbi – perderam a vida, juntamente com outros altos funcionários do grupo.
De acordo com dados atualizados da autoridade de defesa civil do Líbano sobre esse ataque, o número de vítimas mortais atingiu 50 pessoas.
Já na manhã de segunda-feira, 23, dois dias depois dessas duas ondas de explosões de dispositivos de comunicação sem fio em todo o Líbano, pelo menos 182 cidadãos libaneses foram mortos e mais de 727 ficaram feridos em intensos ataques aéreos israelenses contra várias áreas do Líbano de acordo com o Ministério da Saúde.
Os bombardeios israelenses resultaram na destruição de várias casas e instalações, bem como no incêndio de vários veículos. Crianças, mulheres e médicos estão entre os feridos nos ataques, acrescentou o ministério num comunicado.
“A agressão israelense é um projeto que visa destruir aldeias e cidades libanesas e erradicar todos os espaços verdes”, denunciou o primeiro-ministro interino Najib Mikati.
Fonte: Papiro