China encara sanções dos EUA com avanço na produção de semicondutores
Mesmo com as sanções dos EUA, a indústria de semicondutores da China está prosperando. O setor apresentou ganhos recordes no primeiro semestre deste ano.
Em março de 2023, o presidente americano Joe Biden assinou a Lei de Chips, impondo restrições comerciais contra os chineses na aquisição de peças e máquinas para a fabricação de semicondutores, microeletrônica e outros desenvolvimentos tecnológicos.
A Casa Branca também instou os governos vassalos, a exemplo da Coreia do Sul, Japão, Holanda e Taiwan, a proibirem a venda de semicondutores para os chineses e a moverem instalações de semicondutores para longe do alcance chinês.
Das 68 empresas que fabricam semicondutores e que publicaram relatórios de ganhos para o primeiro semestre, 40 registraram ganhos de mais de 50%. A CITIC (uma empresa estatal de investimentos na China) listou 157 empresas relacionadas com a indústria de semicondutores.
A preocupação de que a China sofra novas sanções dos EUA fez com que fabricantes de eletrônicos no país optassem por semicondutores produzidos localmente. Outro fator foram os baixos custos de produção.
Nos primeiros sete meses deste ano, as exportações de semicondutores chineses atingiram US$ 8,85 bilhões, um recorde de mais de 25% se comparado ao mesmo período no ano passado. As exportações foram na maior parte para países do sudeste asiático como o Vietnã, Malásia e Indonésia.
Para Wang Peng, um pesquisador da Academia de Ciências Sociais de Pequim em entrevista ao jornal chinês, Global Times, o setor de semicondutores do país deve continuar crescendo até 2025 impulsionado por políticas de apoio à indústria e inovação tecnológica, causando forte aumento na demanda.
“Diante da pressão, a indústria chinesa de semicondutores não apenas resistiu aos desafios, mas também prosperou e tem um forte impulso para crescer mais rápido no futuro,” disse Peng.
Fonte: Papiro