Como já era esperado, através das redes sociais Bolsonaro criticou a decisão e ainda disse que se trata de "perseguição política" | Reprodução: Alan Santos\PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser indiciado nos inquéritos relativos às joias presenteadas ao Brasil pela Arábia Saudita e às fraudes nas carteiras de vacinação contra a Covid-19. As investigações sobre os dois casos, conduzidas pela Polícia Federal, estão em fase final  e, ao que tudo indica até o momento, há indícios de crimes. 

Com o indiciamento, as investigações são encaminhadas ao Ministério Público, que poderá fazer ou não a denúncia. Além disso, as investigações sobre a tentativa de golpe também estão perto de acabar — a previsão é que sejam concluídas no mês de julho. As informações foram obtidas pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e confirmadas pelo UOL.

Em março, a PF já havia apresentado relatório final das investigações sobre a alteração dos cartões de vacinação de Bolsonaro, sua filha e outros envolvidos, inclusive o ex-ajudante-de-ordens, Mauro Cid. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que as investigações fossem aprofundadas. 

As investigações sobre as joias sauditas apuram a tentativa de venda ilegal, por Bolsonaro e pessoas de sua confiança, dos bens que foram dados ao Estado brasileiro. Entre os envolvidos estão Mauro Cid e seu pai, o general Mauro César Cid.

No caso da fraude na carteira de vacinação, a PF investiga a inclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde sobre a imunização do ex-presidente, sua filha e outras pessoas do seu entorno. 

Quanto à trama golpista, é apurada a participação do ex-presidente e de membros da cúpula de seu governo, inclusive militares, em esquema para que Bolsonaro permanecesse no poder. Faz parte deste caso a minuta golpista que versava sobre a instauração de estado de sítio para impedir a posse de Lula. 

Com agências

(PL)