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O prefeito Eduardo Paes (PSD) decretou estado de emergência em saúde pública por causa da dengue. A medida saiu no Diário Oficial do município desta segunda-feira (5).

Na última sexta (2), o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, confirmou que o Rio enfrenta uma epidemia da doença. Só em janeiro, a rede de saúde da prefeitura do Rio teve 362 pessoas internadas por causa da dengue, número recorde desde 2008.

Conforme dados do painel do Observatório Epidemiológico da prefeitura carioca, 11.202 casos já foram registrados em 2024. Durante todo o ano de 2023, foram 22.959 casos. “Em um único mês de 2024 nós já temos quase a metade dos casos de todo o ano anterior, o que gera uma preocupação intensa“, afirmou o secretário Soranz.

De acordo com a prefeitura, a combinação de altas temperaturas, chuvas frequentes e a circulação de três sorotipos da doença torna o cenário mais favorável à ocorrência de casos na cidade. A zona oeste — em especial regiões como Campo Grande, Santíssimo, Guaratiba, Santa Cruz, Paciência e Sepetiba — são as que registram as maiores taxas de incidência da dengue.

Nesta segunda a prefeitura inaugura o primeiro polo de atendimento para pacientes com dengue, no Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza, em Curicica, na zona oeste. Está prevista a instalação de dez polos, em todas as regiões da cidade, para combater a doença. Os polos devem ser abertos gradativamente, conforme o crescimento do número de casos.

A Secretaria Municipal de Saúde afirma que vai iniciar a vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos contra a dengue no município do Rio tão logo os imunizantes sejam liberados pelo Ministério da Saúde. A expectativa é de que em uma semana toda a população-alvo esteja vacinada, o que representa 354 mil pessoas.

Além da cidade do Rio, a explosão de casos de dengue em diversas regiões do país fez com que pelo menos quatro estados – Acre, Minas Gerais e Goiás-, e o Distrito Federal decretassem situação de emergência em saúde pública. 

Minas Gerais publicou decreto de emergência em saúde pública no último dia 27. Até o dia 29, foram registrados 64.724 casos prováveis e 23.389 casos confirmados da doença, além de um óbito confirmado e 35 em investigação.

Já o Distrito Federal publicou seu decreto no último dia 25. O boletim epidemiológico mais recente aponta 29.492 casos prováveis de dengue nas primeiras quatro semanas do ano, além de seis mortes pela doença.

O decreto do estado de Goiás foi publicado na última sexta-feira (2). Dados da Secretaria de Saúde indicam que, este ano, foram registrados 22.275 casos de dengue e duas mortes no estado – um aumento de 58% na comparação com o mesmo período de 2023.

O decreto do estado do Acre foi publicado logo no início do ano, no dia 5. Até meados de janeiro, o estado havia contabilizado 2.532 notificações de casos de dengue. A capital, Rio Branco, lidera o quantitativo de casos.

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