Foto: Andes-SN

Os docentes das Instituições Federais de Ensino Superior rejeitaram a proposta de congelamento salarial em 2024, apresentada pelo governo federal aos servidores em dezembro do ano passado. Em reunião no último dia 27, a categoria, representada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Ifes (Andes-SN), aprovou adesão ao movimento nacional do funcionalismo em defesa de reposição das perdas já a partir desse ano. 

Na reunião, os representantes dos docentes subscreveram a proposta unitária apresentada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e centrais sindicais, que reivindica os índices de 34,32% e de 22,71% (a depender das categorias contempladas nos últimos reajustes) em três parcelas, já a partir de 2024.

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No final do ano passado, o governo ofereceu apenas aumento de auxílios (alimentação, saúde e creche) e um reajuste de 9%, dividido em duas vezes, a partir de 2025. Para os docentes, a proposta do governo, além de prever índices salariais rebaixados, exclui aposentados e pensionistas, e não reconhece as perdas salariais desde 2010.

“A realização da reunião do setor das Ifes e os encaminhamentos tirados fortalecem a unidade na luta com os servidores (as) públicos federais, enquanto se acatou a resposta à contraproposta do governo, construída conjuntamente pelo Fonasefe, Fonacate e centrais sindicais, a qual rejeita reajuste zero em 2024; não aceita a exclusão de aposentados(as); não abre mão das perdas salariais desde 2010 e eleva os percentuais de recomposição salarial para 2024, 2025 e 2025”, afirma Lúcia Lopes, 3ª vice-presidenta do ANDES-SN e da coordenação do Setor das Ifes.

A categoria pretende, ainda, propor a inclusão de outros itens considerados prioritários na pauta, como: a revogação da contrarreforma da Previdência; o fim da contribuição de aposentados e pensionistas; a revogação da portaria que inibe o acesso ao adicional de insalubridade; a Instrução Normativa 15/2022 (que dificulta a sindicalização de servidores); entre outros.

Foi deliberada, também, a construção, em 22 de fevereiro, do Dia Nacional de Mobilização em defesa da carreira e da educação pública, “fortalecendo atos conjuntos com as demais entidades da Educação, tendo como horizonte a construção de uma greve”, diz nota do Andes.

Fonte: Página 8