O novo procurador-geral, Paulo Gonet. Foto: Alejandro Zambrana/TSE

Um funcionário comissionado da Procuradoria-Geral da República foi demitido por ter disseminado notícias falsas e mensagens de conteúdo golpista via aplicativo de mensagens. Ele também foi citado em relatório da Polícia Federal sobre as milícias digitais bolsonaristas. A informação é do jornalista Aguirre Talento, do UOL. 

A exoneração do bolsonarista Antônio Rios Palhares, assinada pelo novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi publicada no Diário Oficial da União na semana passada. O ex-competidor de corridas automobilísticas, conhecido como Niko Palhares, era aliado do ex-PGR, Augusto Aras, ocupava um cargo comissionado e exercia suas funções na Secretaria de Segurança Institucional. 

Bolsonarista convicto, Palhares trocou mensagens golpistas com Meyer Nigri, dono da Tecnisa, e repassava conteúdos que recebia dele a um grupo do qual fazia parte. Nigri foi alvo, em 2023, de operação da PF por sua participação em um grupo de mensagens que reunia empresários para discutir teses antidemocráticas, além de difundir fake news. O empresário também trocou mensagens com o então presidente Jair Bolsonaro com ataques ao Judiciário e mentiras sobre urnas eletrônicas e sobre as vacinas contra a Covid-19.

Segundo o relatório da PF obtido pelo portal, “a investigação também identificou a atuação direta de Meyer Nigri na divulgação de conteúdos demonstradamente falsos, os quais, conforme mensagens expostas ao longo do relatório, seriam sequencialmente difundidas por Niko Palhares, servidor comissionado da Procuradoria-Geral da República”. 

Com informações do UOL

(PL)