"Vidas palestinas importam", diz faixa que abriu a manifestação em Glasgow | Foto: MS

Centenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Londres, Manchester, Leeds, Glasgow e outras cidades da Inglaterra e Escócia, neste sábado (25), em apoio aos palestinos, exigindo um cessar-fogo duradouro em Gaza. 

Em Londres, dezenas de milhares de pessoas saíram do Park Lane em direção a Whitehall, distrito central da capital inglesa, portando bandeiras palestinas e faixas com frases como “Parem de bombardear Gaza” ou “Acabem com o cerco”. 

O diretor da Campanha de Solidariedade à Palestina (PSC), Ben Jamal, afirmou: “Tem havido um grande esforço político por parte de vozes pró-Israel, inclusive no governo, para difamar os protestos contra a guerra como marchas de ódio, mas não vamos parar”.

“Em resposta, a polícia impôs hoje uma ridícula regra de repressão que lhes dava o poder de prender qualquer pessoa que chegasse cedo ou saísse tarde da região central, independentemente do que estivesse fazendo”, denunciou.

O líder nacional da Coligação Stop the War (Parem a Guerra), John Rees, assinalou: “Isto é policiamento político e é quase certo que nada disto será aplicado à marcha em apoio a Israel”.

No noroeste de Inglaterra, os manifestantes se reuniram diante de sucursais do Barclays Bank devido ao envolvimento financeiro do banco em empresas que fornecem armas a Israel.

John Nicholson, da Campanha de Solidariedade com a Palestina de Manchester, informou que os protestos obrigaram a suspensão de atividades de oito filiais do Barclays em Manchester, Stockport, Blackburn, Bury, Oldham, Rochdale, Bolton e Altrincham.

“Todas as agências foram fechadas como resultado dos protestos”, disse Nicholson. “Continuaremos a visar o Barclays até que eles parem de investir em armas. Não há trégua na indignação das pessoas com o que Israel está fazendo com Gaza. O que é ótimo é que podemos organizar uma manifestação nacional em Londres e ter todos estes protestos acontecendo fora de Londres ao mesmo tempo”, frisou.

Em Manchester, os manifestantes marcharam do Banco Barclays até aos escritórios regionais da Fisher German, uma empresa imobiliária que aluga instalações ao fabricante de armas israelense Elbit Systems, onde realizaram um ato de protesto.

REPÚDIO AOS ATAQUES A HOSPITAIS EM GAZA

Em Leeds, centenas de médicos e profissionais de saúde se manifestaram nos Jardins Mandela da cidade, condenando a morte de mais de 200 profissionais de saúde nos ataques israelenses a hospitais. O ato foi enriquecido por estudantes que pararam a universidade da cidade na sexta-feira (24) em apoio à Palestina.

Os protestos ocorreram também em toda a Escócia, incluindo Glasgow, Edimburgo, Aberdeen e Dundee.

A Campanha Escocesa de Solidariedade Palestina afirmou: “Há uma pausa no genocídio, mas o povo de Gaza está sofrendo horrores inimagináveis. Eles ainda precisam do nosso apoio.”

Os principais hospitais da Faixa de Gaza foram bombardeados por Israel. O último duramente atingido foi o Hospital Indonésio do enclave, na madrugada de domingo para segunda-feira (20). Os ataques já incluíram o atentado que matou quase 500 pessoas no hospital Al Ahli e a invasão e evacuação forçada de outros hospitais, como o Al Shifa, o maior e mais moderno de Gaza, e ainda o principal hospital pediátrico.

Fonte: Papiro