Ministro quer ampliar a matança e a devastação contra os palestinos em Gaza | Vídeo

Esta é uma das possibilidades”, disse Amichai Elyahu, que é ministro do Patrimônio do governo Netanyahu/Gvir e integrante do partido dos ladrões de terra palestina na Cisjordânia, em entrevista a uma rádio israelense.

Ele também se disse contra qualquer ajuda humanitária em Gaza, supostamente por que não se entregaria ajuda humanitária “aos nazis” – apesar de toda a semelhança da operação punitiva israelense com o assalto nazi ao Gueto de Varsóvia.

Segundo Elyahu, a Faixa de Gaza não tem o direito de existir e qualquer pessoa que agite uma bandeira palestina ou do Hamas “não deveria continuar a viver na face da terra”.

Para o ministro, “não existem civis não envolvidos em Gaza”. Inclusive, claro, as mais de 3.600 crianças palestinas já mortas pelas tropas de ocupação.

Quanto ao destino da população palestina, ele sugeriu que fossem para “a Irlanda ou para o deserto”. Os supostos monstros de Gaza devem encontrar “uma solução por si próprios”. A bronca dele com a Irlanda é por causa do majoritário e histórico apoio dos irlandeses à luta de libertação dos palestinos.

No último dia 3, o ministro publicou um vídeo de casas destroçadas pelo ataque israelense. “A Faixa de Gaza mais bonita do que nunca”, ele escreveu no X (antigo Twitter). “Explodir e arrasar tudo, que delícia” – uma versão 2023 do brado fascista de “viva a morte”.

Para que não pairasse qualquer dúvida sobre sua motivação, acrescentou: “depois de terminarmos, destinaremos as terras aos soldados que lutam e aos colonos que viviam em Gush Katif”, referindo-se a um assentamento de colonos judaicos que existia em terra assaltada aos palestinos de Gaza e que foi desmontado durante o governo de Sharon.

Além – por uma feliz coincidência – a apropriação por Israel do campo de gás que fica em frente a Gaza.

NÃO É A PRIMEIRA VEZ

“Devemos fazer exatamente aquilo que os EUA fizeram com o Japão na Segunda Guerra Mundial”, disse, em 2009, o então ministro de Netanyahu, Avigdor Lieberman.

Depois, em 2012, foi a vez do filho do general Saharon, Gildad. “Devemos destruir barros inteiros, destruir toda Gaza. Os americanos não pararam a guerra com o Japão apenas com Hiroshima, eles destruíram também Nagasaki”, disse Gilad Sharon, ao Jerusalem Post.

Em reação a tal convocatória pelo extermínio nuclear em Gaza, o governo sírio denunciou que “um dos terroristas do governo israelense ameaça bombardear o povo de Gaza com armas nucleares, o que constitui uma nova prova do terrorismo de Estado que Israel exerce, e de seu racismo e extremismo brutais”.

O comunicado do ministério das Relações Exteriores sírio acrescenta que tais declarações confirmam o que Israel vem ocultado todos esses anos sobre a posse desse tipo de armas fora do sistema de controle internacional, com o apoio dos EUA e do Ocidente colonial, o que constitui uma grave ameaça à segurança, à estabilidade e à vida dos povos da região. “A Síria condena nos termos mais enérgicos estas posições de funcionários da entidade ocupante e insta a AIEA que tome todas as medidas e assumam suas responsabilidades para informar-se do programa nuclear israelense”.

Fonte: Papiro