ONU afirma que cerco e extermínio de palestinos pela fome e sede é crime de guerra
A decisão do ditador israelense, Benjamin Netanyahu, de impedir a entrada de alimentos e água na Faixa de Gaza, está sendo considerada como crime de guerra pelo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk. Para ele, a lei humanitária internacional e a lei internacional de direitos humanos devem ser respeitadas em todas as circunstâncias.
O órgão fez um apelo para que não se concretize a ação terrorista do Estado de Israel que culminará com a morte de centenas de milhares de pessoas. Além do cerco por terra, os israelenses começaram a bombardear, na manhã desta terça-feira (10), o porto de Gaza para impedir a entrada de água e alimentos. A ação israelense está transformando Gaza num verdadeiro campo de concentração para milhões de pessoas.
“Estamos enfrentando uma situação explosiva de barril de pólvora. Sabemos como isso acontece, repetidamente – a perda de vidas israelenses e palestinas e o sofrimento incalculável infligido a ambas as comunidades”, disse Türk.
O conflito já vem de muitos anos como consequência da ocupação ilegal de Israel sobre as terras palestinas e o terror exercido pelo regime de apartheid de Israel sobre a população palestina. No fim de semana, os palestinos decidiram reagir ao terror das forças israelenses.
Além dos bombardeios indiscriminados que atingem a população civil da região, o governo israelense anunciou que pretende eliminar os moradores da palestina de Gaza pela fome e sede. Netanyahu chegou a dizer que os moradores tinham que abandonar suas casas. Como eles não podem ir para o mar e nem entrar em Israel, o que Netanyahu faz é uma sentença de morte coletiva.
O organismo internacional fez um apelo para que o governo de Benjamin Netanyahu cumpra com as regras internacionais e não ataque civis, alertando que o cerco contra Gaza poderia constituir um crime de guerra.
A ditadura israelense reagiu com histeria contra a ONU, insistindo na farsa de que seus alvos não são os civis. Os dados divulgados pela ONU apontam que a operação de resposta de Israel já atingiu 5,3 mil prédios, gerou 187 mil deslocados e deixou 610 mil palestinos sem água potável. Volker Türk fez num apelo às potências para que tomem medidas para neutralizar a situação de “barril de pólvora” em Israel e Gaza.
Fonte: Papiro
