Foto: Sindsep-DF

Os servidores federais realizaram, nesta terça-feira (3), manifestações por maior reajuste salarial em 2024 e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, a “reforma” administrativa. As mobilizações defenderam também a recomposição de quadros por meio de concursos públicos.

Os funcionários públicos repudiam a falta de garantia de reajuste salarial no Orçamento anual de 2024. Esse ano, após a retomada da mesa de negociação com o governo, o reajuste foi de 9%, considerado insuficiente para a reposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos. Para algumas carreiras, a defasagem é de quase 50%.

O Dia Nacional de Mobilização foi aprovado em setembro pelos servidores durante a Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais que reuniu entidades ligadas ao Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), pelo Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e pelas Centrais Sindicais. Entre as ações previstas para a semana também estão as conversas com parlamentares no Congresso Nacional sobre as mazelas presentes na PEC32.

Na capital federal, a categoria realizou uma manifestação nacional unificada contra a PEC 32 em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), no bloco K da Esplanada dos Ministérios. O MGI é o representante do governo federal na Mesa Nacional de Negociação com os servidores.

Na capital paulista, os servidores do Judiciário Federal e outras categorias de trabalhadores se concentraram em frente ao Fórum Pedro Lessa, na Avenida Paulista. A mobilização também se solidarizou com a greve dos trabalhadores da Sabesp, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô contra a privatização dessas empresas, propostas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). 

Na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), além do arquivamento da PEC 32, a mobilização do funcionalismo reivindicou a recomposição salarial, correção dos benefícios, reestruturação das carreiras, abertura de mesas setoriais e defesa da Educação Pública. 

Na Universidade Federal do Ceará (UFC), foram realizados caminhada e ato contra a PEC 32 convocados pelos Fóruns Permanente em Defesa do Serviço Público e Unificado Das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Ceará, e pelas centrais sindicais, CSP-Conlutas, CTB e CUT.

Fonte: Página 8