Presidente da Colômbia, Gustavo Petro: “Lula só falou a verdade e a verdade se defende, ou a barbárie nos aniquilará” | Foto: Ricardo Stuckert

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o extermínio de inocentes por Israel só encontra precedente na história “quando Hitler resolveu matar judeus”, recebeu o apoio do boliviano Luis Arce, do colombiano Gustavo Petro e do cubano Diaz-Canel. Outras lideranças latino-americanas se somaram no respaldo a Lula.

“Expresso minha total solidariedade ao presidente Lula do Brasil. Em Gaza há um genocídio e milhares de crianças, mulheres e idosos civis são covardemente assassinados. Lula só falou a verdade e a verdade se defende, ou a barbárie nos aniquilará”, declarou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Na avaliação do dirigente colombiano, mais do que nunca este é o momento em que “toda a região deve se unir contra a violência na Palestina”. “A decisão do Tribunal Internacional de Justiça sobre Israel deve gerar aplicação e consequências nas relações diplomáticas de todos os países do mundo”, acrescentou Petro.

“Do Estado Plurinacional da Bolívia expressamos toda a nossa solidariedade e apoio ao irmão presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, declarado ‘persona non grata’ em Israel por dizer a verdade sobre o genocídio que está sendo cometido contra o corajoso povo palestino. A história não perdoará aqueles que são indiferentes a esta barbárie”, destacou o presidente Luis Arce, primeiro a romper as relações diplomáticas com o Estado sionista.

Diante da provocação e hostilidade de Netanyahu e asseclas, já na segunda-feira (18) o governo Lula trouxe de volta ao Brasil o embaixador em Israel, Frederico Meyer.

Integrada por Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, São Vicente e Granadinas, Granada, São Cristóvão e Névis, Nicarágua e Venezuela, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) afirmou que os estados-membros se solidarizam com Lula. “O presidente do Brasil, Lula, é um líder de seu país e de nossa América, fiel defensor dos direitos humanos e dos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, do Direito Internacional e do respeito à autodeterminação dos povos”, sublinhou o documento.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, reiterou sua denúncia sobre a cumplicidade dos EUA no genocídio perpetrado pelo Estado sionista contra a Palestina. Díaz-Canel condenou o inadmissível veto realizado por Washington a uma nova resolução exigindo um cessar-fogo imediato e o fim do deslocamento forçado da população palestina.

O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, também rejeitou a postura do representante do governo Biden, lembrando que pela terceira vez usou seu poder de veto contra as iniciativas de dezenas de países para interromper a matança.

Com financiamento e armamento estadunidense, o massacre causou a morte de mais de 30 mil palestinos e cerca de 70 mil feridos desde o início da agressão israelense em 7 de outubro.

Fonte: Papiro