Quase um terço da área do território nacional apresenta boa ou muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola - Foto: divulgação/Google

“O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo”. A afirmação é de Daniel Pontoni, analista da pesquisa inédita “Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil”. Divulgada no dia 5 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo busca classificar, interpretar e visualizar o potencial natural dos solos para agricultura.

A data coincide com o Mundial do Solo, implementado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e tem como tema “Solos: onde a alimentação começa”.
Daniel Pontoni destaca a importância da publicação. “Buscamos entender melhor o potencial agrícola do solo do Brasil e suas limitações, fazendo uma análise não indicativa de uso, mas interpretativa do solo e do relevo”.

mapa orientativo foi elaborado a partir do mapeamento de solos do IBGE, considerando recursos naturais e como eles podem favorecer o setor agrícola brasileiro. A grande variedade de tipos de solos do Brasil foi classificada considerando características como textura, pedregosidade, rochosidade, erodibilidade, entre outros, em cinco classes de potencialidade variando de terras com muito boa potencialidade a terras com restrições muito fortes ao desenvolvimento agrícola.

Para se ter uma ideia, entre os mais de 500 tipos de solos existentes no país, 29,6% têm boa e 2,3% muito boa potencialidade ao desenvolvimento. Essa grande variedade de solos foi classificada através de características como textura, pedregosidade, rochosidade, erodibilidade, entre outros, em cinco classes de potencialidade variando de terras com muito boa potencialidade a terras com restrições muito fortes ao desenvolvimento agrícola.

Apresentam potencialidade moderada, com problemas relativamente fáceis de serem corrigidos, cerca de 33,5%. Áreas com restrições significativas correspondem a 21,4% do território nacional e em 11% do país as áreas têm restrições muito fortes ao uso agrícola, que são locais com declividade muito acentuada, ou restrições de profundidade, o que exigiria ações muito significativas para tornar a terra adequada ao plantio.

Pontoni explica que também foram classificadas assim as áreas de preservação ou conservação em função da fragilidade do ambiente. “São locais onde a agricultura pode levar à degradação”, afirma.

“Devido à escala do mapeamento a nível regional, é importante ressaltar que esse mapa não se aplica a estudos locais de uso agrícola, que exigem maior detalhamento no levantamento de solos, consequentemente exigem mais informações. Além disso, áreas que possuem algum enquadramento ou atribuição legal devem ser respeitadas de acordo com as leis estabelecidas”, conclui Daniel Pontoni.

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Com informações do IBGE