Colaboracionistas ucranianos recepcionam invasores hitleristas em 1941

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exaltou os colaboracionistas com a invasão nazista durante a Segunda Guerra Mundial, conspurcando a comemoração do 30º aniversário da criação das forças armadas do país.

Em sua atitude negacionista, Zelensky deixou de mencionar os heróis ucranianos que entregaram suas vidas na luta anti-hitlerista, unindo-se à Resistência, aos guerrilheiros ou servindo no Exército Vermelho da União Soviética.

A menção falaciosa de Zelensky serviu para ressaltar os que se juntaram no chamdo Exército Insurgente Ucraniano (UPA), mentindo sobre seu colaboracionismo, referindo-se a eles como “lutadores da coalizão anti-Hitler durante a Segunda Guerra Mundial”. Em verdade, a UPA, era o braço paramilitar da organização política liderada por Stepan Bandera, organização de extrema direita que atuou ao lado dos nazistas na luta contra o Exército Vermelho.

Bandera encabeçou a Organização de Nacionalistas Ucranianos, surgida no final dos anos 20 que, sob o pretexto de almejar um Estado ucraniano independente, colaborou com as forças nazistas, no que foram derrotados pelo avanço do Exército Vermelho, na Segunda Guerra.

Estima-se que, entre 1943 e 1944, esses colaboracionistas tenham sido responsáveis pela limpeza étnica de judeus e de dezenas de milhares de poloneses na região ocidental da Ucrânia – algo que foi reconhecido pelo Parlamento da Polônia, em 2016, como um genocídio.

Falando na segunda-feira (06) em um evento na cidade de Kharkov, perto da fronteira com a Rússia, Zelensky disse de forma genérica que “a verdadeira história do desenvolvimento de nosso Exército ucraniano remonta a vários séculos”, insistindo na negação do papel dos militares ucranianos no enfrentamento do fascismo na época soviética.

Tensões provocadas pelo governo ucraniano

As celebrações que marcam o 30º aniversário do estabelecimento das Forças Armadas de Kiev ocorrem em meio ao aumento das tensões na fronteira comum entre a Rússia e a Ucrânia. Na semana passada, o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou que o risco de um conflito armado no sudeste da Ucrânia existe, o que está se tornando um assunto de grande preocupação para Moscou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que Kiev estava aumentando significativamente sua força militar no Donbass, “puxando equipamento pesado e pessoal” para a região. “De acordo com alguns relatórios, o número de soldados … na zona de conflito já chega a 125.000 pessoas”, informou.

No início de dezembro, Volodimyr Zelensky apresentou ao parlamento um projeto de lei que autoriza a entrada de unidades armadas estrangeiras na Ucrânia em 2022 para participar de manobras militares.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que seu país responderá “simetricamente” ao possível posicionamento de armas de ataque na Ucrânia que ameacem Moscou, advertindo contra os embarques de armas de ataque para Kiev de parte dos EUA e Otan. O próprio ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitri Kuleba, se gabou dos mísseis guiados antitanque javelin entregues por Washington.