Xi Jinping lembrou a vitória sobre os invasores norte-americanos na Península Coreana

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que seu país nunca permitirá que se mine sua soberania, segurança e desenvolvimento. “Nós, obviamente, não vamos ficar observando como são minados nossa soberania estatal, nossa segurança e nossos interesses em desenvolvimento, não permitiremos que força nenhuma interfira brutalmente e divida a terra sagrada da nossa pátria”.

“Caso uma situação dessa surja, o povo chinês dará um golpe esmagador”, declarou, na sexta-feira (23), em discurso na celebração do 70.º aniversário da entrada das tropas chinesas na península da Coreia para ajudar a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) a lutar pela libertação nacional contra o sul, dominado por um governo títere, respaldado por tropas dos Estados Unidos, durante o conflito de 1950-1953.

“Que o mundo saiba que o povo da China agora está organizado e não se pode brincar com ele. A China nunca buscou dominar ou se expandir, e se opõe decididamente a grandes potências e a políticas de força bruta”, disse Xi citando o líder fundador da República Popular China, Mao Tsé–tung, como informa a agência de notícias Xinhua.

“Depois de árduas batalhas, as tropas chinesas e coreanas, armadas até os dentes, derrotaram seus oponentes, rompendo o mito da invencibilidade das forças armadas estadunidenses e obrigando os invasores a assinar o acordo de armistício em 27 de julho de 1953”, disse Xi, também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e presidente da Comissão Militar Central, lembrando a guerra da Coreia, durante a qual se mobilizaram mais de 2 milhões de soldados chineses.

Em seu discurso, Xi assinalou que a guerra “contra a agressão dos Estados Unidos” ajudou a deter o imperialismo e a preservar a segurança da nova República Popular da China, criada em 1949. Oito meses após a sua fundação, a Guerra da Coreia eclodiu, em junho de 1950. Os pontos de invasão logo atingiram o rio fronteiriço de Yalu, e aviões dos EUA bombardearam repetidamente as regiões fronteiriças do nordeste da China, causando baixas e perdas de propriedades e colocando em grande risco a segurança do país.

Em 19 de outubro de 1950, a pedido da RPDC, as forças dos Voluntários do Povo Chinês (VPC) cruzaram o rio Yalu para ajudar na luta até que uma trégua foi assinada em 1953.

Xi ressaltou que a China conduz uma política militar defensiva, porém assegurou que não permitirão que nenhum exército invada ou divida o país. Instou a acelerar a modernização das forças armadas e de defesa, já que, argumentou, “sem um exército forte, não pode haver uma pátria forte”. E sublinhou ainda que aquela guerra contribuiu a proteger a vida pacífica do povo chinês, estabilizar a situação na península da Coreia e garantir a paz na Ásia e em todo o mundo.

Atualmente, Washington investe contra a China a pretexto dos ‘direitos humanos’ em “Hong Kong e Xinjiang”, com imposição de tarifas, banimento do 5G da Huawei e provocações que vão desde a proibição de aplicativos a provocações com porta-aviões nucleares no litoral chinês e atropelo ao princípio de ‘Uma Só China’, acatado por todos os presidentes norte-americanos desde Nixon.

O representante permanente da China nas Nações Unidas, Zhang Jun, apresentou uma declaração conjunta em nome de 26 países, no Debate Geral do Terceiro Comitê da Assembleia Geral da ONU, no inicio do mês, denunciando os Estados Unidos e a União Europeia por violarem os direitos humanos, exigindo o fim imediato e completo das sanções unilaterais, repudiando seu efeito devastador em meio à pandemia do Covid-19.