Curioso ou não? De repente, The Economist da semana tem duas capas – sobre Merkel e sobre a aliança com Grã Bretanha para instituir o AUKUS. Adivinhem? Para criticar Alemanha, dar uma alfinetada elíptica na França e para elogiar Biden. Ora vejam.

Da Merkel: Suas habilidades como forjadora de consenso serviram bem a seu país e à Europa. Mas seu governo negligenciou muito, nacional e internacionalmente. Para registrar “a frustração com a complacência que ela gerou”. Leia-se: quem a Alemanha pensa que é?

De Biden e AUKUS, o acordo de defesa para que a América e a Grã-Bretanha forneçam à Austrália 8 submarinos a propulsão nuclear (jogo onde já tinha avançado a França): “é um passo em direção a um novo equilíbrio de poder no Pacífico entre EUA e Grã Bretanha para transferir tecnologias mais sensíveis (cibernéticas, inteligência artificial, computação quântica). Por isso, o governo Biden merece crédito”.

O deep state nos EUA sustenta, como era de esperar, a nova estratégia de Estado de guerra contínua e multilateral à China e pela contenção da Rússia. E tentar salvar a hora de Biden, que demonstrou ser daqueles que largam aliados pelo caminho.

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*Vice-Presidente Nacional e secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

 

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