Coveiros enterram pessoas que morreram de covid-19 no Rio de Janeiro

O Brasil está em órbita de encontro à catástrofe com relação à pandemia, à economia e à ajuda aos trabalhadores e empresários para sobreviver com seus empregos e negócios. Nesta hora, em que já ficou claro que os últimos anos foram a maior década perdida da história, em que o país passa da 7ª posição em poder mundial para a 12ª, e o PIB per capita caiu 4,8%, tendo à frente um governo genocida que triplica as apostas genocidas e tripudia sobre a saúde pública, é preciso encontrar modos de promover uma desobediência civil semi-institucionalizada, para adotar as medidas corajosas cabíveis contra a marcha da Covid-19.

É preciso isso para barrar a insanidade do governo federal com uma comissão reunindo governadores, prefeitos, parcelas do judiciário e do parlamento, sociedade civil e autoridades sanitárias, para um protocolo de implantação de medidas urgentes e necessárias, malgrado o governo federal. Nesse caminho cabem todos que se proponham; e já ia esquecendo: sempre que se fala de Forças Armadas se poderia lembrar isso: estivessem no caminho certo, era hora de chamarem a si a iniciativa de apoio logístico tão necessário à nação.

De outra parte, as forças populares, nessas condições desfavoráveis de força e de capacidade de mobilização, não podem querer segurar dez pulgas com dez dedos: qualquer conversa, reunião, chat ou livre que não tratar da pandemia é desvio de rota, dispêndio de energias tão necessárias para ajudar a nação e o povo neste momento. Nenhuma pauta pode se sobrepor à vacina já, auxílio emergência de R $600,00 para 60 milhões de pessoas, até o final de 2021 e reiterada se a taxa de transmissão da COVID-19 não baixar para menos de 0,9.

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Walter Sorrentino* é vice-presidente nacional e secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

 

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