Foto: Divulgação/VW

A Volkswagen anunciou que pretende demitir cerca de 5 mil trabalhadores das unidades de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté, em São Paulo, e da fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. São 35% dos 14,7 mil trabalhadores dessas fábricas.

Na quarta-feira (19), a montadora se reuniu com os sindicatos de metalúrgicos das regiões para negociar as dispensas.

“Vamos tentar nas mesas de negociação buscar alternativas para que não haja demissões para dar segurança aos trabalhadores”, disse Claudio Batista da Silva Júnior, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.

Os cortes englobam também trabalhadores mensalistas, horistas e, inclusive, terceirizados, segundo os sindicatos.

A montadora informa que na negociação está a “revisão” de acordos vigentes e que o motivo para as demissões é a “adequação do número de empregados ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus”.

Além das demissões, os sindicatos também informaram que a Volkswagen quer flexibilizar a jornada de trabalho, cortar os reajustes de salários, reduzir o pagamento de participação de lucros e resultados (PLR) e mudar benefícios como vale-transporte, vale-alimentação e plano médico.

Segundo a multinacional, essa adequação, inclui continuar com o lay-off (suspensão de contratos) e o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), mas com corte maior dos salários e menor participação na parte que lhe cabe da complementação salarial. No momento a empresa tem 8,4 mil funcionários em PPE, com jornada e salários reduzidos em 20%, e 610 em lay-off.

Mesmo com a queda nas vendas de veículos, a Volkswagen foi a que apresentou melhor desempenho no setor em julho, com a venda de 31,4 mil veículos.