Violência contra a mulher: Não podemos nos omitir, diz líder do PCdoB
A líder do PCdoB na Câmara, deputada federal Perpétua Almeida (AC), tratou, em suas redes sociais nesta quarta-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, sobre a importância da mobilização da sociedade para o enfrentamento desta dura realidade.
“Começa hoje a campanha mundial de 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Cerca de 150 países já aderiram à campanha. Aqui no Brasil, estamos nesta luta desde 2003. Não podemos nos omitir diante da violência crescente contra nós mulheres”, colocou.
Diariamente, ressaltou, “precisamos lutar, denunciar, buscar ajuda e ajudar. Combater a normalização do machismo é fundamental, como também educar nossas crianças, jovens e homens”.
A parlamentar lembrou ainda que “o processo de invisibilização e violência que as mulheres e meninas têm enfrentado só se intensificaram nesta pandemia da Covid-19. Não se cale! Faça parte deste movimento que este ano questiona: Onde você está que não me vê?”.
Situação alarmante
A campanha é mais do que necessária. Os dados sobre violência contra a mulher são alarmantes. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram registrados 648 feminicídios no país apenas no primeiro semestre de 2020, número quase 2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Conforme o monitoramento “Um vírus e duas guerras”— parceria entre sete veículos de jornalismo independente — desde que a pandemia teve início, entre março e agosto, um feminicídio ocorreu a cada nove horas no Brasil.
Além disso, dados de 2018 do FBSP mostram que foram registrados mais de 263 mil casos de lesão corporal dolosa no âmbito da Lei Maria da Penha. Naquele mesmo ano, o país bateu o triste recorde de 66 mil casos de estupros, o que equivale a cerca de 180 por dia.
Por Priscila Lobregatte