Viagens de Bolsonaro tiraram R$ 2,5 milhões dos cofres públicos
Viagens do Presidente da República são atividades normais, principalmente quando o chefe do Executivo se desloca para uma determinada região para anunciar ou para inspecionar uma obra, ou para atender a alguma demanda da população daquela região. Despesas para isso são previstas no orçamento e são perfeitamente justificáveis.
O que é um escândalo é que o governo federal gastou R$ 2,5 milhões em sete viagens nas quais o presidente Jair Bolsonaro fez passeios de motos com apoiadores, chamados por ele de “motociatas”. Nenhuma medida foi anunciada, nenhuma ajuda a flagelados ou desempregados vítimas da desastrosa política de Guedes. Nada disso. Bolsonaro foi passear, fazer aglomerações, se divertir e espalhar o vírus, além de fazer politicagem. Gastou dinheiro público para fazer “passeios de moto”.
Agora mesmo, enquanto o Brasil inteiro está trabalhando duro, ele está de folga, dançando funk e se divertindo numa praia do litoral paulista. A foto à esquerda foi tirada em plena segunda-feira (20).
No exato momento em que o país exige uma definição rápida sobre a vacinação das crianças contra a Covid-19, o ministro da Saúde se rende ao negacionismo do “chefe” e joga a decisão para as calendas gregas. Enquanto isso, está dançando e mergulhando, se lixando para os problemas da população.
Os dados dos gastos das viagens de Bolsonaro foram apresentadas pelo gabinete pessoal de Bolsonaro via Lei de Acesso à Informação (LAI). Em agosto, durante audiência na Câmara dos Deputados, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), afirmou que “não há recurso público nenhum” nos passeios. “As motociatas, elas são eventos privados. São pessoas que se mobilizam. O presidente só sobe na motocicleta e vai”, discursou Ramos.
Em outras ocasiões ele fez “motociatas” até mesmo durante a semana, em horário de expediente, como em Goiânia e Uberlândia (MG). Depois ele arranjava algum “compromisso oficial” para disfarçar. Até hoje ele demonstra que não sabe e não quer governar. Seu negócio é fazer tumulto. Os gastos estão sendo investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As viagens mais caras foram para São Paulo (R$ 486 mil) e Chapecó-SC (R$ 477 mil), ambas em junho.