“A preocupação do governo não é com a segurança das pessoas, mas de tentar se reabilitar politicamente perante a opinião pública”, disse.

Pouco depois de anunciar a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, em meados de fevereiro, Temer criou, por medida provisória, essa semana, o Ministério da Segurança Pública, que ficará sob o comando do ex-ministro da Defesa Raul Jungmann.

A nova Pasta, publicada na edição desta terça-feira (27), no Diário Oficial da União (DOU), terá como missão “coordenar e promover a integração da segurança pública em todo o território nacional em cooperação com os demais entes federativos”. Para tanto, ficará sob comando de Jungmann, por exemplo, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Departamento Penitenciário Nacional, os conselhos de Segurança Pública e de Política Criminal e Penitenciária, além da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Para Vanessa Grazziotin, ao criar novo ministério, Temer esvazia o Ministério da Justiça e coloca a Polícia Federal sob controle da política. “Ele está pegando a Polícia Federal e colocando sob o controle da política. Como ele não poderia mexer no Ministério da Justiça, criou um novo ministério e coloca um político extremamente ligado aos tucanos em seu comando. Isso é lamentável. Temos que ficar de olho e impedir que tentem acabar com as investigações”, disse a senadora.