A Universidade de 9 de Julho (Uninove) demitiu cerca de 300 professores, nesta segunda feira (22), por mensagem automática no portal acadêmico da instituição.
A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), que protocolou no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nesta terça feira (23), dissídio coletivo solicitando a anulação, em caráter liminar, das demissões.
A entidade pede ainda mediação do TRT nas negociações.
“Apesar de ter sido facilitada pela reforma trabalhista de 2017, a demissão em massa, como a que a Uninove acabou de promover, tem enorme impacto social. O fato de ela ocorrer em meio à pandemia e de a Mantenedora não ter manifestado nenhuma intenção de negociar ou amenizar o problema, agrava ainda mais a situação.”, diz o sindicato em comunicado.
“Atenção! Prezado(a) professor(a), comunicamos que em 22 de junho de 2020, fica V. Sa. dispensada de prestar serviço a esta empresa sem obrigatoriedade inclusive do cumprimento do aviso prévio previsto em lei”, dizia a mensagem automática no portal.
O texto dizia ainda para os profissionais comparecerem ao departamento de Recursos Humanos da unidade Vergueiro para efetuar a devolução de “crachá, cartão de acesso, cartão de estacionamento, carteirinhas de assistência médica e/ou odontológica” e para dar prosseguimento à baixa na carteira de trabalho.
“A pandemia está sendo usada pela Uninove para acelerar o processo de reestruturação iniciada há alguns anos e baseada na redução da folha de pagamentos e maximização dos lucros.” , denuncia o Sinpro.