Unegro e UBM destacam luto e luta por Marielle Franco
A União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) e a União Brasileira de Mulheres (UBM) lamentaram o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Em nota, as entidades expressaram indignação e destacaram o genocídio e a violência contra a população negra.
Em nota, a União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) disse que a violência programada e direcionada à população negra fez mais uma vítima. Para a organização, as mortes de Marielle e Anderson Pedro Gomes são graves crimes políticos que “têm por objetivo intimidar, enfraquecer e silenciar o movimento negro e todas organizações sociais progressistas que lutam contra o arbítrio e o Estado de Exceção”.
Ainda no texto, a Unegro chama todos para a luta e diz que “luto é verbo para nós”.
“A derrubada de uma é o levante de mais gente, mais consciência, mais vontade e ação de alterar as estruturas de poder e pôr fim à opressão”, enfatiza a nota.
Já a União Brasileira de Mulheres (UBM) registrou indignação com o ocorrido e lamentou a perda de “uma grande lutadora dos direitos humanos, uma grande mulher e liderança política, que sempre esteve defesa da paz e da democracia”.
“Marielle, sua luta continua, contra a violência, o racismo e pelo bem viver. Por nenhum direito a menos, contra a opressão e repressão. Por um mundo livre sem violência. Seguiremos em luta por você e por todas!”, diz o texto.
Leia as notas na íntegra:
Unegro
A violência programada e direcionada à população negra faz mais uma vítima, conforme a Unegro tem denunciado nos seus 30 anos de existência e luta. Nosso povo continua sob perseguição, marginalização e açoite, passados 130 anos do fim do regime oficial de escravidão.
Dessa vez foi MARIELLE FRANCO, socióloga, mestre em administração pública, vereadora, dirigente do PSOL e militante das nossas causas. Quatro anos depois do assassinato de Cláudia Ferreira, no chamado “mês das mulheres”, mais uma está morta.
Vivemos num contexto de recrudescimento do racismo, machismo, fascismo e elevação dos ataques e perseguição a quem defende direitos humanos, democracia e desenvolvimento social e econômico para a maioria da população brasileira.
As execuções de Marielle e Anderson Pedro Gomes, graves crimes políticos, são aterrorizantes e têm por objetivo intimidar, enfraquecer e silenciar o movimento negro e todas organizações sociais progressistas que lutam contra o arbítrio e o Estado de Exceção.
Mas luto é verbo para nós. A derrubada de uma é o levante de mais gente, mais consciência, mais vontade e ação de alterar as estruturas de poder e por fim à opressão.
Toda solidariedade aos familiares e amigos (as) de Marielle e Anderson. Nossa voz não se calará; continuaremos na luta em defesa do nosso povo.
Rebele-se contra o racismo.
UNIÃO DE NEGRAS E NEGROS PELA IGUALDADE – UNEGRO
UBM
Esta quarta-feira, dia 14, termina com uma triste notícia. O assassinato de Marielle Franco tirou o chão de muitas e muitos de nós.
Marielle, era uma jovem vereadora pelo PSOL, que tinha como prioridades defender a igualdade social e racial. Lutava, cotidianamente, contra o genocídio e a violência contra a população negra.
Nós da União Brasileira de Mulheres viemos, por meio desta, registrar a nossa indignação pela barbárie e prestar nossa solidariedade à família e à militância do PSOL.
O Rio de Janeiro, perde uma grande lutadora dos direitos humanos, uma grande mulher e liderança política, que sempre esteve defesa da paz e da democracia.
Marielle, sua luta continua, contra a violência, o racismo e pelo bem viver. Por nenhum direito a menos, contra a opressão e repressão. Por um mundo livre sem violência.
Marielle Franco, presente!
Seguiremos em luta por você e por todas!
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