File -- In this Thursday, July 6, 2017 file photo U.S. President Donald Trump casts shadows on the wall as he walks with Poland's President Andrzej Duda at the end of a joint press conference, in Warsaw, Poland. Trump and Duda will meet at the White House on June 24, four days ahead of a presidential election in Poland in which Duda, a conservative, is seeking reelection. The meeting is expected to give Duda a boost, and is seen by some as election interference. (AP Photo/Czarek Sokolowski/file)

“Socialistas de todo o mundo reconhecem o perigo que a reeleição de Donald Trump representa. Apesar das reservas sobre o candidato democrata Joe Biden, a virada fascista do governo Trump está levando à percepção de que ele precisa ser derrotado. Sobre este assunto, “People’s World” reproduziu o editorial de “Morning Star”, o diário socialista publicado na Grã-Bretanha.”

A eleição presidencial dos EUA não é uma simples disputa entre um candidato republicano belicoso financiado por grandes empresas e um candidato democrata belicista mas menos reacionário socialmente, também  financiado por grandes empresas.

Apoiadores do presidente Donald Trump mergulham em novas profundidades para deturpar a eleição como a disputa entre um patriota, franco, defensor da lei e da ordem, campeão da maternidade estadunidense e da torta de maçã, contra alguém favorável a estrangeiros, que  apoia a violência, anti-branco e a favor do comunismo e do chamado “estado forte”.

A convenção republicana revelou até que ponto os mascates dessa fantasia grotesca não estão à margem do partido.

Sempre houve facções substanciais e indivíduos proeminentes no Partido Republicano que são socialmente liberais ou cuja perspectiva isolacionista os torna cautelosos em relação a envolvimentos militares no exterior. Alguns até combinaram estas duas posições.

Até mesmo Trump – que não é membro de longa data do partido – exibiu no passado tendências “isolacionistas” em política externa, e ganhou por isso elogios entre britânicos e europeus devido à sua relutância em guerrear contra a Coréia do Norte, Irã e Síria.

Na eleição presidencial de 2016 seu ponto de vista sobre as relações internacionais contrastou favoravelmente com a posição da candidata democrata Hillary Clinton.

Hoje, Trump é um presidente que põe gasolina na fogueira da grande agitação nas cidades dos EUA.

Ele fica do lado de policiais racistas e vigilantes brancos armados, que sabem que ele os apoia.

Ao lado de seu beligerante Secretário de Estado, Mike Pompeo, suas políticas e retórica acendem conflitos na América Latina, Oriente Médio e Mar da China Meridional, que podem ser catastróficos.

Longe de resistir aos falcões do Pentágono, Trump agora está alinhado com eles a um grau que alarma as seções civis dos grandes negócios que – logicamente –  preferem o comércio ao caos e a guerra.

Mesmo pessoas como o ex-presidente George W. Bush e o ex-secretário de Estado Colin Powell anunciaram que não podem apoiar um segundo mandato para Trump.

Centenas de outros republicanos, incluindo ex-psrlsmentares e chefes aposentados da CIA e do FBI, agora pedem votos para o candidato do Partido Democrata, Joe Biden.

Muito poderia ser dito sobre o próprio histórico de Biden como ex-senador e vice-presidente dos EUA. Seu histórico reacionário inicial sobre questões raciais e apoio aos ataques dos EUA a estados soberanos, deve ser comparado a um histórico relativamente – falando dos EUA – progressista, atualizado, sobre impostos, imigração, direitos LGBTQ e mudança climática.

Claro, como Trump, ele também defende a riqueza e o poder do capitalismo monopolista dos EUA e seus interesses imperialistas em todo o mundo.

Eleger Biden garante apenas uma coisa – que Trump e os círculos mais agressivos e reacionários do capital monopolista dos EUA fiquem fora da Casa Branca.

Qual é a melhor posição pós-eleitoral que trabalhadores, negros desempregados, mulheres, gays, as lésbicas e pobres podem encontrar no dia 4 de novembro? Como diz o Partido Comunista dos EUA: “Derrotar a extrema direita nas urnas em todo o país em todos os níveis de governo permitirá lutas mais avançadas.

“A luta por cuidados universais de saúde, educação e o direito à moradia e empregos não se desenvolverá além de seu estágio atual se a extrema direita mantiver sua posição no governo.”

 

Reproduzido de “The Morning Star”, diário socialista publicado na Grã-Bretanha.