O teste rápido para diagnosticar a Covid-19, que sai por R$0,80, foi patenteado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O início do desenvolvimento do projeto foi financiado por doações de pessoas físicas e jurídicas, graças a uma campanha feita pelos pesquisadores em abril do ano passado. A expectativa é que a tecnologia já esteja disponível em três meses.

“A expectativa agora é que este primeiro teste patenteado possa estar disponível no mercado dentro de três meses. Três empresas já estão interessadas. Mas o nosso grande objetivo é que ele seja oferecido ao poder público e seja aplicado no SUS”, disse o professor Rodolfo Giunchetti, que está à frente do projeto.

Atualmente, todos os testes disponíveis no mercado são importados, em boa parte da China. custam em torno de R$100.

Com os cortes feitos pelo governo Bolsonaro no orçamento das universidades federais, o início da pesquisa só foi possível porque havia reagentes estocados no laboratório, mas a pesquisa só pôde continuar graças à campanha de arrecadação feita pelos pesquisadores pela internet.

A campanha pretendia arrecadar cerca de R$1,5 milhão. Meses depois, uma parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), empresa do governo do Estado, garantiu R$750 mil para o estudo, além de parcerias com a Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Unifenas e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

Todo este apoio possibilitou não só o desenvolvimento de um teste, mas de 25 outros possíveis testes. Outros cinco kits diferentes devem ser patenteados em breve.