Ucrânia: fundo de Hunter Biden é acionista central de armas biológicas
“Não é qualquer pessoa envolvida na criação de biolaboratórios na Ucrânia, mas o próprio presidente dos Estados Unidos”, escreveu o deputado do Partido Rússia Unida e presidente da Duma Estatal Russa (Câmara dos Deputados), Viacheslav Volodin, nesta sexta-feira (25).
O deputado exigiu explicações do chefe da Casa Branca, Joe Biden, sobre as ligações do seu filho Hunter com as experiências militares dos biolaboratórios ucranianos. “Obviamente, Joe Biden, tanto como pai quanto como chefe de Estado, estava ciente dessas atividades”, opinou Volodin.
Ele ressaltou que o fundo de investimento dirigido pelo filho do presidente é um dos maiores financiadores da pesquisa e implementação do programa biológico-militar norte-americano naquele país.
“Naturalmente, nós vamos pedir explicações sobre esse possível envolvimento e não apenas nós. A China também já pediu esclarecimentos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante sua coletiva diária com a imprensa nesta sexta-feira.
Já o chefe das tropas de proteção radiológica, química e biológica das Forças Armadas russas, tenente-general Igor Kirilov, havia informado na quinta-feira (24) que o fundo de investimento Rosemont Seneca Thornton com Hunter Biden como maior proprietário e ainda a Fundação Soros estão envolvidos no financiamento de biolaboratórios na Ucrânia.
Kirilov afirmou que a dimensão do programa norte-americano na Ucrânia “é impressionante”. “Na sua realização, participaram diretamente, além do Pentágono, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), o Fundo Soros e os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC)”, enumerou.
Pentágono
Segundo o militar de alta patente, o projeto foi patrocinado como desenvolvimento científico pelas principais instituições de investigação dos Estados Unidos, “incluindo o Laboratório Nacional de Los Álamos, que desenvolve armas nucleares”.
“Todas estas atividades são levadas a cabo sob o controle absoluto do Pentágono”, acrescentou.
O militar russo denunciou que “o financiamento destas atividades militares-biológicas permitiu aos Estados Unidos e seus aliados retirar da Ucrânia pelo menos 16.000 amostras biológicas”.
“Esta amostragem em larga escala da imunidade natural de uma população provavelmente foi realizada com o objetivo de escolher os agentes biológicos mais perigosos para a população de uma determinada região”, comentou.
Kirilov destacou que um documento assinado pelo vice-secretário de Estado do Gabinete ucraniano confirma que 30 laboratórios ucranianos realizaram atividades biológicas-militares.
“Por favor, notem que tem diante de vocês um mapa de registro confirmando que exatamente 30 laboratórios ucranianos, localizados em 14 locais, estavam envolvidos em atividades biológicas-militares de grande escala na Ucrânia. O documento é assinado por Viktor Polishchuk, vice-secretário de Estado do Gabinete de Ministros da Ucrânia”, disse.
Investigação
A partir dessas denúncias, o deputado Viacheslav Volodin assinalou que o presidente dos EUA é obrigado a explicar à comunidade mundial os fatos descobertos pelas forças russas na Ucrânia, enquanto o Congresso daquele país deveria iniciar sua própria investigação.
A Duma do Estado e o Conselho da Federação (Senado) da Rússia adotaram uma resolução para lançar uma investigação parlamentar sobre o trabalho dos laboratórios biológicos na Ucrânia.
De acordo com Volodin, como parte do inquérito parlamentar, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, deveria ser uma das primeiras a ser entrevistada.
Em 9 de março, falando em uma audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, ele admitiu que existem objetos na Ucrânia onde estão sendo realizadas pesquisas no campo da biologia e Washington está tentando evitar que eles caiam sob o controle das forças russas: “A Ucrânia tem instalações de pesquisas biológicas e, de fato, estamos bastante preocupados de que as forças russas estejam buscando tomar controle delas e por isso estamos trabalhando com os ucranianos sobre como prever que qualquer destes materiais de pesquisa caia nas mãos das forças russas se elas se aproximam”, declarou Nuland.
Para a Rússia, “com sua declaração, Nuland indiretamente confirmou o programa biológico-militar do Pentágono na Ucrânia, contornando os acordos internacionais existentes”.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, disse que foram recebidas informações de funcionários de laboratórios biológicos ucranianos sobre a destruição emergencial de patógenos particularmente perigosos em 24 de fevereiro, incluindo peste, antraz, tularemia e cólera.