“Nós mulheres de todas as idades, cores, raças, etnias, segmentos sociais e orientação sexual somos mais de 70% que não queremos mais esse governo!”, afirma manifesto assinado pela União Brasileira de Mulheres (UNB) e a Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), lançado esta semana.

Ao afirmar que “hoje mais de 45% das famílias são chefiadas por mulheres, a maioria mulheres negras que não tem como colocar comida no prato de seus filhos, por estarem desempregadas e sem auxílio maternidade”, e que “o desgoverno negacionista e genocida de Bolsonaro atinge impiedosamente os mais pobres e os mais vulneráveis, particularmente as mulheres, as crianças e a população negra de nosso país”, as entidades propõem uma Frente Ampla para derrotar Bolsonaro.

“União das mulheres pela construção de uma Frente Ampla que integre todas as forças sociais e políticas e as diversas entidades do movimento de mulheres pelo FORA BOLSONARO! À luta companheiras, por mudanças urgentes em nosso país em defesa dos mais vulneráveis, das mulheres, trabalhadoras e trabalhadores. Vamos desenvolver uma férrea unidade de ação da UBM e CMB com todos e todas as brasileiras, com o mesmo objetivo de salvar vidas em nosso país e defender a democracia”, diz o documento.

Segundo o manifesto, “o descaso do governo colocou o Brasil como o 2º pais com mais mortes por Covid-19. Milhares de famílias dilaceradas perderam seus entes queridos. São 117 milhões de pessoas em situação de fome sendo 19 milhões na miséria absoluta. O Brasil é o 4º país do mundo com maiores taxas de desemprego. São 33 milhões de brasileiras e brasileiros desempregados, desalentados e subempregados. O número de mulheres desempregadas chegou a 9 milhões durante a pandemia”, diz o manifesto.

“Fora Bolsonaro imediatamente! Vamos recuperar todos os nossos direitos roubados e as políticas públicas que foram desmanteladas, entre elas, o Ministério da Mulher e a Casa da Mulher Brasileira, a SEPIR e o desvio de finalidades da Fundação Palmares, a participação popular nas instâncias de controle social e a reconstrução dos Conselhos”, afirmam as entidades.

As entidades colocam a urgente necessidade da reconstrução econômica do país, e propõem “acabar com a PEC 95, também chamada de Teto dos Gastos”, o fortalecimento do SUS, e a defesa da soberania nacional.

“Nas ruas, nas praças, nas fábricas, empresas, escolas, em todos os recantos do nosso país, juntas e unidas, lutaremos e conquistaremos o Brasil que queremos com trabalho, salário igual, creches, licença- maternidade maior, lavanderias e restaurantes populares públicos. Fim à violência e ao feminicídio. Vacina no braço e comida no prato. Manutenção e retomada da permanência do Bolsa Família com atualização dos seus valores. Auxílio emergencial de 600,00 reais e 1.200,00 para mães chefes de família, até o fim da pandemia TODAS NUMA SÓ VOZ: FORA BOLSONARO!!!”