Rússia, Inglaterra e Turquia iniciam na próxima semana a vacinação em massa

A Turquia iniciará no próximo dia 11 a vacinação de sua população contra o novo coronavírus com o imunizante Coronavac, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, e que também está em teste no Brasil, em convênio com o Instituto Butantan. O anúncio foi feito na terça-feira (1º) pelo ministro da Saúde do país, Fahrettin Koca.

20 milhões de doses da Coronavac estarão disponibilizados ainda este mês, afirmou Koca, e a vacinação começará pelos agentes de saúde. Outras 30 milhões chegarão até fevereiro de 2021.

Quantidade que servirá para vacinar 25 milhões dos cerca de 82 milhões de habitantes da Turquia, já que são necessárias duas doses do medicamento por pessoa. “Queremos aumentar esses números”, assinalou Koca.

Também anunciaram o início da vacinação a Rússia e a Grã-Bretanha, e outros países europeus se preparam para realizar a imunização em massa ao mais tardar no início do próximo ano.

“LARGA ESCALA”

Em Moscou, na quarta-feira, o presidente russo Vladimir Putin determinou às autoridades de saúde que comecem a vacinação “em larga escala” até o final da próxima semana. A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo centro de pesquisas Gamaleya em Moscou, está na terceira e última fase de testes clínicos com 40 mil voluntários (20 mil vacinados com a primeira dose e mais de 18.794 com a segunda e o restante com placebo) e tem 95% de eficácia para os que tomaram as duas doses e testados depois de 21 dias da segunda injeção.

Mais de 100 mil pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19 na Rússia, revelou o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, durante apresentação por videoconferência desde Moscou da vacina Sputnik V às Nações Unidas. Na exposição, o ministro informou que os efeitos colaterais da vacina têm se limitado a local da aplicação da vacina dolorido.

“Peço-lhe que organize o trabalho para que no final da próxima semana comecemos a vacinação em larga escala”, disse o presidente russo em videoconferência, dirigindo-se à vice-primeira Ministra Tatiana Golikova, estimando que “a indústria e infraestrutura estão prontas.”

“Eu sei que mais de 2 milhões de doses já foram produzidas ou serão produzidas nos próximos dias”, acrescentou o presidente russo, especificando que “grupos de risco, médicos e professores” serão vacinados primeiro.

REINO UNIDO

O Reino Unido anunciou, nesta quarta-feira (2), que deve começar a vacinar sua população na semana que vem contra a Covid-19, com o imunizante da BioNTech-Pfizer, recém aprovado pelas autoridades médicas do país em caráter emergencial. Profissionais de saúde deverão estar entre os primeiros a serem vacinados.

A vacina da Pfizer é a que mais cara infraestrutura necessita: freezers capazes de manter o imunizante eficaz apenas se submeticos a -80ºC

O Reino Unido já encomendou 40 milhões de doses dessa vacina, o suficiente para vacinar 20 milhões de pessoas. Cerca de 10 milhões de doses devem estar disponíveis em breve, com as primeiras doses chegando nos próximos dias.

Idosos e pessoas em casas de repouso, incluindo funcionários, serão os primeiros na fila de imunização, afirmou o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock. Os profissionais do NHS, o serviço público de saúde do Reino Unido, também estão no topo da lista.

Em outros países europeus, a vacinação também começa a entrar na ordem do dia. Na Alemanha, a expectativa é que 450 mil habitantes de Berlim sejam vacinados até a metade de dezembro, segundo anúncio feito no fim do mês passado.

Centros de vacinação estão sendo criados em diferentes regiões do país. Nessa fase, serão atendidos idosos e pessoas de grupos de risco, como diabéticos, obesos e hipertensos.

Os centros de vacinação devem ficar abertos sete dias por semana, das 9h às 19h. Enfermeiros aposentados, estudantes de medicina, recepcionistas e agentes de segurança deverão ser convocados para auxiliar na campanha.

Nos EUA, a agência de segurança sanitária dos EUA tem reunião marcada para o dia 10 de dezembro para discutir autorização de uso de emergência da vacina feito pela Pfizer. A Moderna também apresentou pedido ao FDA no mesmo sentido.

Painel dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças votou 13-1 na terça-feira para dar aos profissionais de saúde e aos residentes de casas de acolhimento de idosos as primeiras doses de vacina contra o coronavírus, uma vez autorizada para uso público. São 21 milhões de profissionais da saúde e 3 milhões de idosos nessa situação.

O Secretário da Saúde do governo Trump, Alex Azar, disse à CNBC em 16 de Novembro que cerca de 40 milhões de doses de vacina estarão disponíveis até ao final deste ano – o suficiente para inocular cerca de 20 milhões de pessoas, considerando as duas doses necessárias.