O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou na quinta-feira (24) a primeira reunião com o representante do Telegram no Brasil, Alan Campos Elias Thomaz, para discutir formas de colaboração para eleições legítimas e seguras em 2022 e de combate à desinformação.

O TSE já conversou com as principais plataformas no Brasil, que concordaram em participar do programa de enfrentamento à desinformação promovido pelo órgão.

Porém, esbarrou agora na resistência do Telegram em colaborar. O aplicativo está sendo procurado pelo tribunal há pelo menos dois anos.

Só na última semana, com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que quase resultou no bloqueio do aplicativo, é que os representantes do Telegram resolveram conversar. Apesar do encontro, entretanto, o app ainda não se comprometeu.

No encontro, integrantes da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) demonstraram como ocorreria a parceria entre as duas instituições, com o conteúdo ideal da cooperação e os procedimentos para a formalização e a manutenção dos canais de contato.

O TSE enfatizou a preocupação com o problema da desinformação em relação ao processo eleitoral, especialmente com o objetivo de garantir a integridade democrática no Brasil.

Questões como disseminação de informações confiáveis, identificação e contenção de práticas de desinformação, identificação dos usuários que disseminam fake news e controle do impulsionamento de mensagens por robôs estão entre as condutas que o tribunal espera que sejam adotadas pela plataforma.

O representante da empresa ficou de levar as propostas aos executivos da empresa, para só depois dar alguma resposta à Corte eleitoral.