U.S. President Donald Trump waits for reporters to leave the room after speaking about his summit with Russia's President Putin during a meeting with members of the U.S. Congress at the White House in Washington, July 17, 2018. REUTERS/Leah Millis

O relato é do The Independent. Ao reiterar à uma âncora da Fox News que mantinha soldados na Síria só para “tomar o petróleo”, admissão de crime de guerra que a jornalista achou mais conveniente tentar encobrir na avaliação do jornal inglês, o presidente Trump fez questão de interrompê-la, para explicar que era isso mesmo.
O presidente bilionário defendeu sua decisão de deixar um pequeno número de tropas norte-americanas no país devastado pela guerra após uma retirada geral em outubro, alegando que eles estavam lá apenas para garantir os campos de petróleo da Síria.
“Dizem que ele deixou tropas na Síria … você sabe o que eu fiz? Peguei o petróleo ”, disse Trump durante entrevista à Fox News. “As únicas tropas que tenho estão tomando o petróleo, elas estão protegendo o petróleo.”
Quando a entrevistadora, Laura Ingraham, tentou corrigir Trump, insistindo que os soldados não estavam lá para pegar o petróleo, mas para proteger as instalações, o presidente a interrompeu, de acordo com o jornal londrino.
“Eu não sei, talvez devêssemos tomá-lo, mas temos o petróleo. No momento, os Estados Unidos têm o petróleo. Nós temos o petróleo”.
A publicação acrescenta que “não é pela primeira vez” que “o errático Trump” expõe em público sua disposição de surrupiar as reservas de petróleo da Síria.
Em outubro, logo após sua retirada abrupta das forças norte-americanas e o abandono de seus aliados curdos na região, Trump disse que queria que uma empresa norte-americana de petróleo viesse explorar o petróleo da Síria em nome do governo.
“O que pretendo fazer, talvez, é fazer um acordo com uma ExxonMobil ou uma de nossas grandes empresas para entrar lá e fazê-lo corretamente”, disse então Trump.
No entanto, esse movimento “provavelmente constituiria pilhagem e saques, ações que há muito são designadas como ilegais de acordo com o direito internacional e as regras da guerra”, acrescenta o jornal.
Caso alguém ainda tivesse ficado em dúvida, registra que “a Convenção de Genebra, da qual os EUA são signatários, proíbe explicitamente a pilhagem de bens durante um conflito, definindo-a como crime de guerra”.