Em mais um gesto voltado para impor ao mundo a lei da selva, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse em entrevista à Fox News que “todos os países (que colaborem com o Irã) estão sujeitos a sanções e vamos conversar com a China para que eles entendam que não será diferente (com ela)”.
“Continuaremos agindo para sancionar a China ou qualquer outro país ou empresa do mundo que insista em fazer negócios com eles (o Irã)”, reiterou o banqueiro.
A declaração em paralelo às informações otimistas sobre a assinatura do Acordo Comercial Fase 1 entre Washington e Pequim, que vem sendo apontado como um armistício provisório na atual guerra comercial em curso, desencadeada por Trump.
O regime Trump, que rasgou acordo com o Irã assinado por Obama, tem feito de tudo para estrangular o país e matar seu povo de fome e quase no Ano Novo assassinou em embocada o principal líder militar do país, general Qassem Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica.
Relatores da ONU sobre direitos têm comparado a política dos EUA de sanções aos países que não seguem seus ditames aos “cercos medievais às cidades”, cujo objetivo era arrancar rendição pela fome
A guerra comercial de Trump tenta adiar o naufrágio dos EUA como potência unipolar do planeta e frear o esforço chinês para encabeçar a tecnologia de ponta. Segunda maior economia do mundo com o PIB avaliado em dólares, a China já é o primeira pela paridade de poder de compra, o principal parceiro comercial de boa parte dos países do mundo, além de considerada a ‘fábrica do mundo’.
No acordo Fase 1, segundo Washington, a China aumentará sua compra de mercadorias americanas em US$ 200 bilhões nos próximos dois anos, incluindo entre US$ 40 e US$ 50 bilhões em produtos agrícolas. Em troca, Trump renunciou a impor novas tarifas a Pequim e reduziu pela metade as que entraram em vigor em 1º de setembro sobre produtos chineses no valor de US$ 120 bilhões.