Em 2019 o trabalho intermitente (modalidade criada pela reforma trabalhista que contrata sem jornada fixa e com salário proporcional) cresceu 70%. Em novembro, 12% dos empregos com carteira assinada foram de trabalho intermitente.
A modalidade, em que o trabalhador fica à disposição do empregador e pode ser convocado para trabalhar apenas algumas vezes por semana ou por mês, foi criada a partir da reforma trabalhista, em 2017.
No primeiro ano após a reforma, foram criadas 47.729 vagas de trabalho nesta modalidade e, em 2019, na esteira do desemprego e precarização do trabalho cada vez mais estimulada e defendida pela equipe econômica do governo, saltou para 82.536 vagas.
Segundo reportagem do jornal O Globo, empresas de grande e médio porte já aderiram ao modelo, como as redes Renner, Magazine Luiza, Burger King e hotéis Hilton.
Embora a modalidade de contratação garanta salário e benefícios como férias e13º, o trabalho intermitente é mais precário. Segundo especialistas, além de neste modelo o trabalhador ser obrigado a abrir mão de vários direitos, os benefícios acertados com o empregador ainda são proporcionais aos dias trabalhados.
Ainda que garanta salário e benefícios como férias e 13º, o contrato por trabalho intermitente é mais precário do que o modelo convencional. Isso porque o trabalhador é obrigado a abrir mão de vários direitos. Mesmo os benefícios acertados com o empregado são proporcionais aos dias trabalhados.