Tenista russo, Medvedev, pode ser impedido de jogar Wimbledon
O atual número 2 no ranking mundial de tênis, o russo Daniil Medvedev, não poderá participar do campeonato Wimbledon, na Inglaterra, se não assinar um termo dizendo que não apoia o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou o governo da Inglaterra.
O governo inglês não quer uma manifestação de Medvedev pedindo a paz, até porque o atleta já deu declarações nesse sentido, mas uma especificamente contra o presidente do seu país, Vladimir Putin.
Os atletas da Rússia e da Bielorússia também não poderão, para participar do torneio, carregar a bandeira de seus países e deverão comprovar que não recebem ajuda financeira dos governos.
O ministro do Esporte da Inglaterra, Nigel Huddleston, disse que “se algum esporte individual ou entidade optarem por banir totalmente os atletas russos ou bielorrussos, também apoiaremos isso”.
Em acesso de cinismo explicito, Huddleston afirmou que para os atletas da Rússia e da Bielorrússia poderem jogar o Wimbledon, “eles terão que ser realmente independentes e neutros”.
“Queremos ter uma confirmação por escrito de que eles não estão recebendo fundos da Rússia ou da Bielorrússia. Também precisamos de garantias firmes de que não vão falar em apoio a Vladimir Putin, Rússia ou Bielorrússia”, continuou.
“Se dizem que são neutros, queremos garantias disso para que não haja ligações a Putin”, completou.
O ministro também se referia ao caso da atleta bielorrussa Aryna Sabalenka, que ocupa o 5º lugar no ranking mundial atualmente.
O torneio, que é um dos mais importantes do tênis mundial, acontecerá entre junho e julho.
Em fevereiro, Daniil Medvedev estava em primeiro lugar no ranking mundial de tênis. Na partida que disputou na quinta-feira (31), o atleta teve a chance de voltar ao topo, mas perdeu nas quartas de final do Masters 1000 de Miami.
Ginasta Russa
Uma petição online, com mais de 63 mil assinaturas, pede que a ginasta russa multicampeã, Alina Kabaeva, seja expulsa da Suíça, onde mora atualmente, e exige o confisco de suas medalhas.
Na petição, é levantado o fato dela ter tido um relacionamento com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Kabaeva, que tem 38 anos e se aposentou há 16, conquistou 18 títulos mundiais, 25 títulos europeus, o primeiro aos 15 anos, e duas medalhas olímpicas, uma de ouro e uma de bronze.
A ginasta brasileira Dayane Camillo, que conheceu Alina em competições, se manifestou contra o “cancelamento” dos títulos da colega.
Apesar de já ter ouvido sobre o relacionamento de Alina com Putin, defendeu que “isso não pode ser usado agora com a guerra para tirarem as suas medalhas. Elas foram conquistadas em outros tempos, com um trabalho árduo, com treinos e muita dedicação”.
“Acho ainda que ela, quando teve algumas conquistas, não tinha conhecido sequer o Putin. Competição é competição. O depois é depois. Ninguém tem o direito de questionar suas conquistas”.
“Espero que respeitem suas medalhas, sua história esportiva”.
Segundo Dayane, Alina “era uma atleta fenomenal, dava saltos incríveis, fazia exercícios de dificuldade corporal inacreditáveis, executava os exercícios com todos os aparelhos com perfeição. E exibia uma expressão que encantava os espectadores. O público gostava dela”.
“Ela era incomparável. Tinha muita flexibilidade, fazia exercícios com alto grau de dificuldade, tanto que nos códigos da Federação Internacional há exercícios com o seu nome. Por isso, não creio que seja justo tirar suas medalhas ou contestar os seus feitos olímpicos”, acrescentou.