Apesar das novas mutações, vacina russa mantém altíssima qualidade, aponta cientista

A vacina russa Sputnik V se aproximou de 100% de eficácia contra a Covid-19, apesar das novas mutações do coronavírus, afirmou nesta terça-feira (22) o chefe do Laboratório de Mecanismos de Mudança Demográfica de Micro-Organismos Patogênicos do Centro Gamaleya, Vladimir Guschin.

Conforme o cientista, a Sputnik V, “sem dúvida”, combate inclusive a variante indiana.

Além desta vacina, a Rússia conta com a Sputnik Light, a versão dose única da Sputnik V; a EpiVacCorona, desenvolvida pelo Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor e a CoviVac produzida pelo Centro Federal de Pesquisas e Desenvolvimento de Tratamentos Imunobiológicos M.P. Chumakov.

No final do ano passado, os fabricantes da Sputnik V foram os primeiros a iniciarem uma colaboração inter-vacinas. A equipe do Centro Gamaleya, junto com Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), começaram ensaios clínicos conjuntos com a AstraZeneca com foco no uso de uma combinação de duas vacinas diferentes para aumentar a eficácia dos imunizantes da AstraZeneca de 62,1% para 90%.

Com 144,4 milhões de habitantes e pouco mais de 22 milhões de vacinados (15,5% da população) com pelo menos uma dose do imunizante, a Rússia soma 128 mil mortos, segundo dados oficiais.

No Brasil, os governos do Maranhão, da Bahia, do Ceará, de Sergipe e de Pernambuco haviam realizado um pedido para importar a Sputnik V, que foi negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril. A autorização somente foi autorizada na primeira semana de junho, mas restrita a 1% da população de cada Estado que a solicitou.